Tudo que o Brasil não necessita neste momento de debilidade econômica, de desejos de mudança para melhorar a vida dos cidadãos, é uma campanha tingida de ódio
Para aqueles que ainda têm viva a memória da II Guerra
Mundial e a tragédia do Holocausto, a maior barbárie da História, que
assassinou seis milhões de judeus, entre eles mulheres e crianças, não podemos
esquecer que não existe maior insulto do que qualificar uma pessoa ou um
político de nazista.
Aqueles que, dentro e fora do Brasil, ainda mantêm viva hoje
a lembrança dos dois governos do ex-presidente torneiro mecânico, Lula da
Silva, que acabou com a pobreza neste país e desenhou, através de suas viagens
pelo mundo, a imagem de um Brasil pacífico, em pleno desenvolvimento econômico
e social, exemplo de pluralismo político, cultural e religioso, sem demônios de
separatismo nem ódios regionais, todos orgulhosos de serem e se sentirem
brasileiros, não puderam deixar de escutar, com assombro e até com dor, a Lula,
gênio da política, qualificar de nazista o candidato da oposição, Aécio Neves e
seu partido, o PSDB, nascido da acertada e democrática experiência da
social-democracia europeia.
Lula se queixou de que no debate político destas eleições,
Aécio e seu partido estavam atacando a candidata Dilma Rousseff, do PT, parido
do governo, “como faziam os nazistas durante a II Guerra Mundial”. Mais ainda,
tirando o pó da Bíblia, afirmou que os do PSDB são “mais intolerantes que
Herodes que matou Jesus Cristo por medo de que chegasse a ser o que foi”.
Eu me atreveria a dizer que os marqueteiros ou
assessores que puderam arrastar Lula a qualificar de nazista um candidato do
partido da social-democracia, deu um presente envenenado ao país.
(...)
Os brasileiros simples, letrados ou não, acabam sendo sempre
mais sábios, mais pragmáticos e até mais iluminados que muitos políticos que
acabam como Esaú, o personagem bíblico, cegando-se e vendendo sua primogenitura
e sua dignidade a seu irmão Jacó por um prato de votos.
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