A ordem é torná-lo uma vítima incontrastável de um Ministério Público leviano e irresponsável, e, naturalmente, da direita raivosa que pede “Fora, Dilma”, e da mídia oligopolizada ou não que pretende enterrar de vez o PT.
A clarividência de Lula será exaltada ao se relembrar o que ele disse a Dilma, esta semana, em almoço no Palácio da Alvorada, e o que alguns jornais registraram no dia seguinte. Ele disse: “Preparem-se porque as coisas vão ficar piores". De fato, estão ficando.
Busca-se indícios de influência de Lula na concessão à Odebrecht de obras de rodovias, portos e aeroportos financiadas pelo BNDES em países como República Dominicana, Gana, Angola e Cuba. Lula viajou várias vezes a todos esses países por conta da Odebrecht.
Nada existe na lei que o impeça de ganhar dinheiro fazendo palestras e bancando o lobista de empresas. Ex-presidentes dos Estados Unidos procedem assim. Com uma diferença: eles jamais poderão se candidatar ao cargo que ocuparam.
Aqui, não. Lula poderia aproveitar, como o fez, sua condição de ex-presidente para enriquecer, e depois tentar voltar ao poder novamente. Seria esquisito ter um ex-lobista de empreiteiras na presidência da República, mas, em todo o caso, se depender da lei...
O problema de Lula com a Procuradoria da República do Distrito Federal é que o BNDES mexe com dinheiro público. E ninguém, abaixo da presidente Dilma Rousseff, é mais influente dentro do governo do que Lula – o criador de Dilma e o seu mentor.
A Procuradoria tem mais é que investiga-lo, sim, se acha que há indicações de que Lula avançou o sinal. Lula não está acima da lei. Ninguém está. É isso o que ensina neste momento o Poder Judiciário. Com a aprovação geral dos brasileiros.
Quanto à mobilização para fazer de Lula um coitadinho... É sempre um risco. Se as pessoas não se convencerem disso, a rejeição a Lula certamente aumentará.
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