A coisa tá feia. Não é mais questão do mérito das questões, mas da maneira como são conduzidas. Se por um lado se comemora o fato de grandes empresários estarem indo em cana e se desejar que a corrupção esteja de fato sendo enfrentada, não dá para comemorar os ritos que movem os camburões nem o fato de se passar por cima de uma série de arbitrariedades e de juízos sumários. Não dá para gostar de ouvir um magistrado, em plena audiência, parabenizar um delator, que faz parte da quadrilha, por “estar prestando um grande serviço à nação”. Assim, fica difícil amar e querer viver aqui. Mesmo que a gente não saia, o desejo de defenestração passa a povoar os piores sonhos.Arnaldo Bloch, "Brasil: ame-o, ou não"
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Ficou feia
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