Sempre se diz que a política é "a arte do possível". Na maior parte das vezes, a frase é acompanhada de um dar de ombros e é dita quando medidas decisivas não são tomadas, quando chances de futuro são perdidas ou quando injustiças não são combatidas de forma resoluta.
Depois de pouco mais de uma semana de acontecimentos e decisões com consequências profundas sobre a vida pública e privada, estamos esfregando os olhos, admirados: na verdade, é possível fazer muito mais do que se acredita de forma geral.
De repente, os cientistas estão dando o tom na política. Modelos de computador se tornaram a base de amplas decisões. A usual primazia da economia foi invalidada, pelo menos temporariamente. Diante da ameaça muito concreta da covid-19, parece que um sentimento decidido de "vamos conseguir, não importa como" está se espalhando.
Por mais aguda e complexa que seja a pandemia do coronavírus: ela é a ameaça mais urgente, mas, de longe, não é a única contra o ser humano. Tomemos o meio ambiente como exemplo, mais especificamente as mudanças climáticas, para as quais os cientistas soaram o alarme há décadas. Modelos de computador muito convincentes mostram assombrosamente como a vida mudará na Terra se não houver ações para coibir o aquecimento global – quanto mais cedo, melhor. Até agora, isso não resultou em ações realmentes decisivas.
Ou um outro problema ambiental: o avanço do lixo plástico no planeta. Ou a extinção em massa de espécies. Na maioria dos casos, sabemos exatamente o que deveria ser feito. Mas muito pouco acontece muito devagar.
É claro que é mais fácil mobilizar uma sociedade inteira quando se trata de proteger a própria vida ou a dos seres amados no momento atual, quando não se luta contra um perigo visto como abstrato e futuro – ou quando esse perigo se revela mais intensamente em outros lugares do que nas proximidades.
Além disso, há o problema dos oportunistas. Para ficar no exemplo das mudanças climáticas: não são apenas os países que adotam medidas para a proteção do clima que se beneficiam delas.
Em algum momento, a pandemia do coronavírus fará parte do passado. Se, então, alguém disser que a política é apenas a arte do possível, poderemos lembrar que o possível é muito mais do que se pensa.
Depois de pouco mais de uma semana de acontecimentos e decisões com consequências profundas sobre a vida pública e privada, estamos esfregando os olhos, admirados: na verdade, é possível fazer muito mais do que se acredita de forma geral.
De repente, os cientistas estão dando o tom na política. Modelos de computador se tornaram a base de amplas decisões. A usual primazia da economia foi invalidada, pelo menos temporariamente. Diante da ameaça muito concreta da covid-19, parece que um sentimento decidido de "vamos conseguir, não importa como" está se espalhando.
Por mais aguda e complexa que seja a pandemia do coronavírus: ela é a ameaça mais urgente, mas, de longe, não é a única contra o ser humano. Tomemos o meio ambiente como exemplo, mais especificamente as mudanças climáticas, para as quais os cientistas soaram o alarme há décadas. Modelos de computador muito convincentes mostram assombrosamente como a vida mudará na Terra se não houver ações para coibir o aquecimento global – quanto mais cedo, melhor. Até agora, isso não resultou em ações realmentes decisivas.
Ou um outro problema ambiental: o avanço do lixo plástico no planeta. Ou a extinção em massa de espécies. Na maioria dos casos, sabemos exatamente o que deveria ser feito. Mas muito pouco acontece muito devagar.
É claro que é mais fácil mobilizar uma sociedade inteira quando se trata de proteger a própria vida ou a dos seres amados no momento atual, quando não se luta contra um perigo visto como abstrato e futuro – ou quando esse perigo se revela mais intensamente em outros lugares do que nas proximidades.
Além disso, há o problema dos oportunistas. Para ficar no exemplo das mudanças climáticas: não são apenas os países que adotam medidas para a proteção do clima que se beneficiam delas.
Em algum momento, a pandemia do coronavírus fará parte do passado. Se, então, alguém disser que a política é apenas a arte do possível, poderemos lembrar que o possível é muito mais do que se pensa.
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