segunda-feira, 18 de abril de 2016

Tchau, querida

O mistério, talvez tenha achado, traz certo gravitas. Possivelmente até seja verdade. Infelizmente, silencio não é o que se espera dos lideres. Especialmente diante de crises e em face de derrotas. Mas nada é tudo o que se ouviu.

Nada surpreendente. Afinal, desde que o país se dispensou de fazer sentido, não são compreendidos ou compreensíveis os sinais emitidos pelos governantes. Não haveria de ser diferente agora.


Somente nestes tempos estranhos é possível imaginar um país governado por tantos anos por alguém incapaz de com clareza comunicar qualquer ideia, boa ou ruim. Talvez seja por ausência de ideias. Talvez a dificuldade de comunicação torne irrelevante a qualidade das ideias. O fato é que por muito tempo o país esperou por algum sinal de liderança. Inutilmente, diga-se.

Foi assim que a população se encontrou exausta de sofrimento, frustrada em suas expectativas, e desapontada pelas atitudes. E exigiu um fim a indefinição. Ou pelo menos o alguma luz no fim do túnel que pudesse sinalizar horizonte em que a pagina finalmente possa ser virada.

Não é fácil construir tamanho consenso. Mas este governo conseguiu. A maioria concorda. Não da mais para aguentar. Algo tem que ser feito. E rápido. Razoes não faltam. Incompetência, inépcia, inercia, desonestidade, mentira.

Não faltam motivos para defender o afastamento destes governantes. E urgentemente.

Por isso, o resultado da votação não foi surpresa. Apenas consequência natural do elenco de ilegalidades cometido por um governo que, por ser de todo incapaz, foi capaz de fazer qualquer coisa. E que agora experimenta a solidão, o isolamento.

Que estes governantes sigam em marcha batida em direção ao ostracismo que merecem. Que suas historia fique adequadamente registrada em merecida nota de rodapé. A gente cansou.

Tchau, querida.

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