A mesma agilidade não teve com o desastre ecológico do rompimento de barragens em Mariana. Foram necessários seis dias para o mesmo governo começar agir e falar em "ameaça" de responsabilização à Samarco, Vale e BHP.
Como só pensa naquilo - impeachment e assegurar o tronho para seu senhor - vai enfim sobrevoar a área. Retardada como sempre quando estão em jogo brasileiros sofrendo, prefere a intriga palaciana e a jogatina político-empresarial.
Os tratamentos diferenciais mostram bem a cara e o caráter de quem governa o país. Contra movimentos considerados políticos contra sua gestão, a mão de ferro; com o sofrimento do povo e o maior e mais extenso desastre ambiental provocado por mineradora no país, a lentidão em atender aos necessitados, nenhuma prontidão em criminalizar empresas e, para espanto dos simples mortais, um certo conluio de empresa e governo estadual, quando o governador de Minas deu entrevista dentro da mineradora responsável pela barragem. Sem contar o cúmulo de a própria empresa centralizar, sob cumplicidade do governador, a gestão da tragédia.
Um pedaço do país teve terras de dois estados tomadas por uma lama, presumivelmente com minerais tóxicos e nocivos. Rios, inclusive o grande rio Doce, atingidos pela mesma aridez, assesoreados, com sua fauna e flora atingidas. Uma enorme população sofre e sofrerá ainda com problema de abastecimento sem contar as décadas de infertilidade daquelas terras, se algum dia puderem ser recuperadas. No entanto não há qualquer urgência em planos de assistência e medidas ambientais. No máximo, a ministra do Meio Ambiente vociferou se "couber multa na parte federal nós aplicaremos". Como a ministra não sabe que há punição federal? Izabel Teixdeira repete a mesma lenga-lenga ambiental petista que não cuidou, não cuida nem nunca cuidará do meio ambiente com seriedade e competência.
A lama de Mariana entra para a história do Brasil como mais um dos escândalos de desgoverno petista. Sem contar que é um crime de Estado contra o cidadão em favor das grandes empresas.
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