segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A hora do Brasil


Dilma não completou um ano de governo, mas o clima é de fim de festa. Escrevo este artigo antes das manifestações marcadas para ontem, dia 16 de agosto. Espero que tenham sido pacíficas, e não contaminadas por grupos ideológicos interessados em aprisionar os sentimentos da sociedade e inibir protestos democráticos legítimos. O que quer que tenha acontecido, caro leitor, ninguém conseguirá silenciar o grito de indignação do brasileiro honrado e trabalhador, mas profundamente revoltado com a gangue mafiosa que tomou conta do Estado brasileiro. Dilma Rousseff está agonizando, isolada no seu desligamento da realidade, na sua penosa arrogância, no desgoverno provocado por sua incompetência, acuada pelos resultados evidentes do maior estelionato eleitoral da nossa História, desmentida pela força dos fatos e dos números, a presidente da República só tem uma saída digna: a renúncia.

Dilma Roussef, não nos iludamos, é uma peça pequena, quase inexpressiva, de uma engrenagem perversa de perpetuação do poder montada pelo ex-presidente Lula e pelo PT. Armado de um cinismo que se aproxima do ridículo, Lula ensaia críticas ao seu partido e tenta assumir a posição de uma vestal. Não cola. Todos, até mesmo os mais ingênuos, sabem Lula está no topo da pirâmide. É o chefe.

Vivemos um momento difícil e perigoso. Os assaltantes do dinheiro público e os estrategistas do projeto de perpetuação no poder, fortemente atingidos pela solidez das nossas instituições democráticas, não soltarão o osso com facilidade. Farão qualquer coisa para não perder a boquinha. O clima não está legal. O País está radicalizado graças à luta de classes tupiniquim do “nós e eles”. Há riscos no horizonte. Mas precisamos acreditar no Brasil e na capacidade de recuperação da nossa democracia. A sociedade amadureceu. O exercício da cidadania rompeu as amarras dos marqueteiros da mentira. E a imprensa, o velho e bom jornalismo, está mostrando sua relevância para a sobrevivência da democracia e das liberdades.

Lula e Dilma são responsáveis pelo descalabro da Petrobrás. Diante das surpreendentes proporções do esquema de corrupção armado dentro da maior estatal brasileira com o objetivo de carrear recursos para o PT e seus aliados, não surpreende que os dois presidentes da República no poder durante o período em que toda essa lambança foi praticada soubessem perfeitamente o que estava ocorrendo.

Dilma Rousseff foi reeleita legitimamente presidente da República. Isso não significa, por óbvio, admitir barreiras protetoras absurdas ou chancelas de impunidade. Todos, incluídos a atual presidente e seu antecessor, podem e devem ser responsabilizados e punidos por seus atos.

Chegou a hora do Brasil!

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