domingo, 22 de março de 2015

Passageira da agonia

Dilma voltou a falar pelos cotovelos para tentar reconquistar sua plateia. Só que fala muito, mas não explica, nem muito menos com humildade e diálogo. O destemperamento é o de sempre.

Ainda não explicou o que considera esse "em curto prazo de tempo" que está dando para acabar com a crise financeira, da qual é a gerentona. Mesmo que suas medidas, quer dizer as de Joaquim Levy, com mãos de tesoura já podadas, possam dar algum resultado, nada será imediato. No mínimo dois anos para se começar a sentir seus efeitos. Mas ninguém combina com o destino.

Dilma e seus planos mirabolantes ainda estão cercados pela condicional "se". E aí vem um rosário: se a crise política terminar; se o Congresso não mexer nos ajustes; se a Petrobras e o país não forem rebaixados ainda mais; se as empresas conseguirem se recuperar; se a Lava-Jato não causar mais turbulência do que já causa. A lista é interminável.


A presidente e o PT estão mais contando com o ovo na galinha com os cortes "significativos" de Orçamento. Uma promessa para a próxima semana, a fim de se saber até quanto o governo está disposto a cortar na carne.

A meta fiscal proposta por Joaquim Levy de 1,2% do PIB já começa a ser torpeada dentro do próprio governo. Para os aliados ministros, está difícil trabalhar (ministro trabalha?) com tão pouco dinheiro para atender "seus" projetos. Afinal dinheiro em maior quantidade sempre é bom para qualquer miserável, e para ministro então nem se fala. Há que se perguntar que se a meta for mantida os ministros cruzarão os braços em sinal de greve?

Apesar dos pedidos, a reforma ministerial com o corte de ministérios está descartada. Dilma acha uma "panaceia" que não resolve nada por no olho da rua um batalhão comissariado que vem sugando há 12 anos o país. Mas esquece do placebo que enfiou por todo um mandato pela goela da população com fins eleitorais.

Há ainda muito "se" correndo por fora. O principal deles é a Petrobras implicada interna e externamente. A Lava-Jato explodindo empresários, empresas, políticos e partidos; as ações contra a empresa no exterior; o rebaixamento do país em agências de risco serão suficientes para mudar todo o quadro proposto pelo governo descer ladeira abaixo. Não haverá "se" que segure.

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