Quando Neca
Setúbal defendeu a autonomia do BC, o PT crucificou Marina Silva e produziu um
filme mostrando uma família de trabalhadores de cuja mesa sumia a comida.
Segundo a
repórter Claudia Safatle, Nosso Guia fez três sugestões à doutora Dilma para o
lugar de Guido Mantega: Henrique Meirelles, Luiz Carlos Trabuco e Nelson
Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda. Cada um é cada um,
mas o simples fato de se colocar Meirelles na roda mostra como as campanhas
eleitorais têm uma opção preferencial pela mistificação.
Quando a
educadora Neca Setúbal defendeu a autonomia do Banco Central, o PT crucificou
Marina Silva e produziu uma peça histórica: um filmezinho mostrava uma família
de trabalhadores de cuja mesa sumia a comida, fazendo contraponto com uma
reunião de banqueiros sorridentes.
Pudera. A
família de Neca Setúbal é grande acionista do maior banco do país, o Itaú, e,
nele, seu irmão Roberto é o principal executivo.
Lula deve ter
seus motivos para sugerir o nome de Trabuco, presidente do Bradesco, que vem a
ser o segundo maior banco. É na entrada de Meirelles na lista de Nosso Guia que
a porca torce o rabo. Ex-presidente do Banco de Boston, ele dirigiu o Banco
Central de 2003 a 2010, e sua administração foi vista como um dos fatores que
mantiveram o barco petista à tona no mundo financeiro.
Neca defendeu
a autonomia do Banco Central botando a cara na vitrine. Numa conversa
protocolar com o embaixador americano Clifford Sobel, em agosto de 2006,
Meirelles fez a mesma coisa, no escurinho do cinema.
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