Maluco beleza, saía pelos corredores do Castelo de Windsor enrolado em lençóis, uma vez falou 58 horas sem parar, num passeio pelo campo saiu cantando completamente nu, dizia coisas desconexas. Embora na época os médicos pouco soubessem sobre doenças mentais, era claro que o rei estava incapacitado para governar, e seu filho foi nomeado regente. Como no filme “A loucura do rei”.
Se já é difícil dizer que o rei está nu, muito mais é convencê-lo de que está louco. Como o presidente Delfim Moreira (1918-1919).
Como convencer um insano de que ele está doente? E se for o rei da Inglaterra?
E se for o presidente do Brasil?
Com todo o respeito e compaixão pela dor e o sofrimento dos doentes mentais, cada dia mais Bolsonaro diz e faz coisas que não podem ser só burrice, ignorância, maldade, narcisismo ou paranoia. Qualquer profissional de doenças mentais vê traços preocupantes no seu comportamento. Afinal, o cara não é normal, tem corpo fechado, desafia o vírus, o Congresso e o Supremo, se acha um mito invencível.
Demência não é vergonha, não é castigo divino nem culpa do doente. Mas se, para obter uma carteira de caminhoneiro o cara tem que fazer exames de sanidade mental, se grandes empresas o exigem antes de contratar, por que não o presidente da República?
Quem poderia obrigar o presidente a um exame de sanidade mental por uma junta médica, o Congresso? Os generais? Várias ações já correm na Justiça. O que diz a Constituição?
Quem poderia obrigar o presidente a um exame de sanidade mental por uma junta médica, o Congresso? Os generais? Várias ações já correm na Justiça. O que diz a Constituição?
Na gíria das favelas, os malucos são chamados de “22”, artigo do antigo Código Penal sobre insanidade mental, como “Paulinho 22”, “Telma 22” e, por que não,“Jair 22”? O bom da insanidade é que ela apaga tudo de ruim que foi feito, até crimes, porque o cara é inimputável. É melhor que impeachment.
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