A pacificação entre Dilma e Cunha é a maior mostra de que Natal vai descendo sobre Brasilía. Quem sabe, talvez os dois troquem presentes de amigo oculto de tão imbuídos com os ares de confraternização que envolvem a capital.
Com a cabeça na guilhotina, conseguiram um adiamento da degola. O presidente da Câmara vai empurrando com a barriga e a legião evangélica uma possível queda por falta de decoro. Dilma foi mais longe, com poder maior, conseguindo que as pedaladas de 20124 só cheguem ao Congresso no príximo ano.
Lula, o chefe de quadrilha mais procurado nestes tempos, depois de meses enfim será ouvido pela Polícia Federal, mas como "informante" - de volta a velhos tempos ditatoriais, segundo as más línguas. Ou seja, nenhum risco de prisão quando revelar que não sabe, não viu nada, não ouviu nada.
Também muitos políticos, principalmente de PP e PT, suspiraram aliviados quando o relator da CPI, Luiz Sérgio, distribuiu antecipadamente uma gigantesca pizza da paz. Nenhum foi citado pelo deputado, que seguiu à risca o roteiro das histórias policiais de quinta categoria. O Sherlock Holmes de bigodes descobriu que o culpado pelo petrolão é o mordomo, ou seja, o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari.
Lulinhazinho é outro que parece abençoado pelas graças natalinas. Agora ganhou definitivamente a blindagem governamental, a pedido desesperado do paizão Pìxuleco, que deve ser estendida também a Lulinha. Pixulequinho passou para o rol dos protegidos pelo governo como os filhos de ditaduras num flagrante e criminoso rasgar da Constituição. Passa a vigorar no país, o v elho lema: Quem tem progenitor na "famiglia" não morre pagão.
Resta-nos cantar:
"Já faz tempo que pedi
Mas o meu papai noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem...
Mas o meu papai noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem...
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