Um horror. Uma vergonha que marcará a atual Legislatura conforme vaticínio do dr. Ulysses: “pior do que o atual Congresso, só o próximo”. A medida provisória 664 iguala-se à 665, já aprovada, que reduz o seguro-desemprego e o abono salarial. A 666, ainda desconhecida, certamente entronizará a “besta” no país, confirmando o apocalipse.
Uma consequência de mais essa maldade contra os trabalhadores, em nome da recuperação econômica, podia ser identificada ontem nas galerias da Câmara, onde se postavam representantes das centrais sindicais, inclusive a CUT: a rejeição ao PT. Antes gêmeos siameses, o partido e as organizações sindicais entraram em rota de colisão, por conta de os companheiros haverem votado em peso na nova supressão de direitos sociais. O divórcio litigioso está caracterizado, prestes a transformar-se em conflito.
Fica clara a deserção do Partido dos Trabalhadores diante do elenco de seus antigos ideais. Não apenas o partido trai suas bases, pois PMDB, PP, PTB e penduricalhos também deram as costas a seus eleitores, obviamente em agradecimento às nomeações. Por falar nelas, haverá que indagar: qual dos agraciados terá um mínimo de conhecimento e competência a respeito dos setores que passam a integrar e dirigir? Saltam de paraquedas para cair na caverna do Ali Babá. Providenciarão múltiplos “petrolinhos” para encher os cofres de suas legendas, já estando as empreiteiras a postos.
O pior nessa novela de vampiros, lobisomens e mulas sem cabeça está em que tudo acontece sob a coordenação do governo, ou seja, da presidente Dilma. Sem o aval de Madame nada se faria. Benesses, favores e sinecuras passam por seu gabinete de despachos.
Um toque de humor foi dado pelo senador Magno Malta, durante a longa sabatina do jurista Luiz Fachin, ao lembrar incongruências das leis penais. Se um cidadão dá um pontapé num cachorro, será condenado a sete anos de cadeia. Agora, se der um soco no dono do cachorro, sua pena não passará de seis meses…
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