Caso não aja uma correção de rumo, o envelhecimento precoce do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff seguirá de forma inexorável
A agressividade dos tempos eleitorais recentes inviabilizou o diálogo do governo com a oposição. No pós-eleitoral, quando uma mão estendida seria o mais adequado, não houve comportamento adequado. O governo precisa então entender que ganhar eleição é uma coisa; já governar é outra completamente diferente.
Agora, o governo está sendo cozido dentro de uma panela de pressão. Por vontade própria, colocou-se dentro da panela e, gradualmente, foi aumentando a temperatura. No campo econômico, a solução implementada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vive em meio a dois desafios: resolver as questões econômicas e lidar, simultaneamente, com o fogo amigo.
No campo político, foram meses – já que o novo governo começou, de fato, após o segundo turno, em outubro passado – de confusão e desentendimento. Tal conjuntura demoliu a popularidade do governo e agregou mais pressão.
Onde vai parar tudo isso? Caso não aja uma correção de rumo, o envelhecimento precoce do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff seguirá de forma inexorável. Não é, obviamente, o que ela deseja. O que fazer?
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