A presidente Dilma falou em humildade, democracia, direito de manifestação e até em exageros que terá cometido nas medidas de ajuste econômico. Mais do que indagar se ela foi sincera, coisa que apenas as próximas iniciativas revelarão, a pergunta é sobre se conseguirá dar a volta por cima e mudar os rumos do governo. Conselhos não lhe têm faltado, em seguida à explosão nacional de repúdio à sua postura, suas concepções e suas diretrizes. Há dúvidas quanto a suas intenções e sua imaginação.
Para começar: a presidente mudará o ministério, substituindo pelo menos a metade de seus ministros inoperantes e incompetentes e aproveitando para extinguir pelo menos a metade das 39 pastas inócuas? Sua reaproximação com o Congresso envolverá a nomeação de auxiliares desvinculados dos interesses e das sinecuras partidárias, conhecidos apenas por sua capacidade nos diversos setores da administração pública?
Com relação ao combate à corrupção, passará o rodo na Petrobras e outras empresas estatais, mudando todo mundo e afastando a sombra da influência dos partidos na nomeação de seus diretores? Determinará a quarentena das empreiteiras envolvidas na lambança ou continuará permitindo que o BNDES as sustente?
Mesmo deixando ao Congresso a condução da reforma política, cruzará os braços ou influirá na definição de aspectos fundamentais, como o fim da reeleição, a proibição de doações empresariais nas campanhas eleitorais, a diminuição do número de partidos, a coincidência das eleições e outras?
Ousará rever cortes orçamentários em atividades imprescindíveis ao Estado, como educação e saúde públicas? Deixará em aberto a redução de direitos trabalhistas ou reconhecerá o erro?
O que não adianta é Dilma mudar a linguagem, mas preservar o modelo cruel do aumento de impostos, taxas e tarifas sem apresentar a compensação do imposto sobre grandes fortunas, sobre herança e o abusivo lucro dos bancos.
A presidente e seu governo encontram-se acuados e gradativamente abandonados pelo Congresso. Seu partido, o PT, acha-se em frangalhos e faltam sinais de que ela defende um expurgo profundo em sua banda podre. Fracassará se deixar apenas ao Judiciário a missão de promover a limpeza por meio de sentenças e condenações. A liderança do palácio do Planalto torna-se imprescindível para a renovação dos companheiros, com ou mesmo sem a participação do Lula.
Mesmo deixando ao Congresso a condução da reforma política, cruzará os braços ou influirá na definição de aspectos fundamentais, como o fim da reeleição, a proibição de doações empresariais nas campanhas eleitorais, a diminuição do número de partidos, a coincidência das eleições e outras?
Ousará rever cortes orçamentários em atividades imprescindíveis ao Estado, como educação e saúde públicas? Deixará em aberto a redução de direitos trabalhistas ou reconhecerá o erro?
O que não adianta é Dilma mudar a linguagem, mas preservar o modelo cruel do aumento de impostos, taxas e tarifas sem apresentar a compensação do imposto sobre grandes fortunas, sobre herança e o abusivo lucro dos bancos.
A presidente e seu governo encontram-se acuados e gradativamente abandonados pelo Congresso. Seu partido, o PT, acha-se em frangalhos e faltam sinais de que ela defende um expurgo profundo em sua banda podre. Fracassará se deixar apenas ao Judiciário a missão de promover a limpeza por meio de sentenças e condenações. A liderança do palácio do Planalto torna-se imprescindível para a renovação dos companheiros, com ou mesmo sem a participação do Lula.
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