quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Casa da mãe Joana

A expressão foi cunhada na Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Proença, liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “Que tenha uma porta por onde todos poderão entrar”. No Brasil ficou então como “casa de mãe Joana”. Antigamente, a expressão era como se chamava tudo que era confusão, aliás, como o mundo está agora, tendo o Brasil como destaque. 
Até há pouco tempo, pensou-se que jamais haveria qualquer coisa mais imoral do que o mensalão, remuneração mensal criada para parlamentares e membros proeminentes do governo que, em troca dessa benesse, aprovavam no Congresso qualquer porcaria que o governo quisesse. Poucos foram os punidos e muitos os beneficiados e até consagrados, outros, os mafiosos mesmo, arranjaram doenças que não matam nem aleijam, mas libertam. Com nomes de gringos, juízes importantes entenderam que tudo não passou de sacanagem das oposições fascistas... Quem sabe um dia poderão ser canonizados santos?

E nem chegaram a um terço das penas a que foram “condenados”, foram jubilados e estão soltos e fagueiros. Ainda com a estupefação pública pelo mensalão, eis que começa o petrolão... Este pode quebrar o Brasil. Como estará aquele empréstimo que a Petrobras fez ao pré-sal comprando à vista para receber a prazo não sei quantos milhões ou bilhões de barris de petróleo? E, por falar em pré-sal, não tem ninguém preso, não? E como será que está esse caso? Garanto que certinho como “boca de bode” não está...

E de todos os lados pipocam escândalos e absurdos: Na Argentina, “suicidaram” um promotor federal – Augustino Alberto Nisman, de 51 anos, que foi encontrado morto em seu apartamento. Ele era o responsável pela investigação do atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina – Amia –, quando da explosão que deixou 85 mortos. Falam em coincidência... Torcedor do Galo, eu acredito. Em São Paulo, o novo secretário de Justiça, Aloisio de Toledo César, usou uma rede social para criticar os cartunistas do jornal “Charlie Hebdo”, avaliando que eles fizeram mau uso da liberdade de expressão e que está solidário com os muçulmanos porque eles condenam a violência. E concluiu: posso dizer que eu também sou Maomé. 

Eu tenho a mesma opinião do papa Chico. Neste mundo, tudo tem um limite, e, nesse caso, “não se pode insultar a fé das outras pessoas, não se pode tirar sarro de fé”. Disse mais: “Se ofender a minha mãe, pode esperar um murro, é normal”. Legal o Chico... Não concordei foi com Mateus 5:39 – “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal, mas, se qualquer te bater na face direita, ofereça-lhe também a outra. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo”. Não sei por quê, lembrei-me do Cerveró...

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