Olhem que boa ideia! Proponho já que alguns dos países ameaçados pelas tarifas de Trump assinem um acordo comercial de curto prazo, só até Trump acabar o mandato.
Já falta pouco para 2028. Porque não aproveitar para fazer uma enorme área de livre comércio em que todos possamos vender e comprar as mercadorias que produzimos, sem tarifas de qualquer espécie?
A febre tarifeira de Trump deixou de fora o Canadá, para ver se desnorteava os canadianos. Mas os canadianos são difíceis de desnortear – sobretudo quando um americano lhes diz que não podem fazer acordos com os europeus.
Para já, os canadianos são mais europeus do que alguns europeus. São bastante ingleses e bastante franceses. São muito bem-educados, pacíficos, valentes, honestos e pouco dados a bazófias e aldrabices. Enfim, não poderiam ser mais diferentes de Trump.
Incluamos também neste acordo de free trade e free love países que também sabem falar inglês, para que Trump possa perceber o que dizem. Como o Reino Unido, a Austrália e a Nova Zelândia.
O que é que os EUA têm para nos vender? Comida de carregar pela boca, má amêndoa, mau whisky, maus refrigerantes e automóveis feitos por facínoras. Façamos um breve detox de três anos, nem que seja para estimular as saudades até ao dia de 2028 em que Trump se for embora.
Não é essa a resposta mais eficaz a qualquer bully – isolá-lo?
Nem se tenha medo de prejudicar os nossos amigos americanos. Metade deles não pode com ele. Até agradecem, porque, mal ele se vá embora, poderemos reatar e reforçar as nossas relações comerciais com os EUA. Assim, os consumidores americanos notarão a diferença: muitos mais produtos europeus, e muito mais baratos.
Temos de agradecer a Trump a ideia. Se ele tem medo de que “o Canadá e a União Europeia se juntem para prejudicar os EUA”, é porque é isso que nos beneficiará. Juntemo-nos, pois.
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