Os vitoriosos nas urnas foram partidos regionais — formados por políticos locais nas diversas regiões do país — e os velhos partidos políticos que haviam ficado de escanteio nas últimas décadas, como o Ação Popular, outrora liderado pelo ex-presidente Belaúnde Terry (1963-1968 e 1983-1985). Os peruanos afirmam com ironia que alguns partidos antigos estavam tão esquecidos nos últimos 15 anos — o período mais intenso das propinas — que nem sequer foram levados em conta pela Odebrecht como ‘‘potenciais políticos a subornar’’.
Kuczynski fez partido dançar nas urnas |
Entre os grupos políticos envolvidos na edição peruana da Lava Jato derrotados nas urnas está o Peruanos pela Mudança, fundado pelo ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski (2016-2017), partido que há dois anos aspirava a crescer graças à chegada de seu líder à Presidência.
Denunciado na Justiça no ano passado, Kuczynski tentou negar vínculos com a Odebrecht. Mas admitiu que sua consultoria havia realizado trabalhos de assessoria para a empreiteira quando era ministro do presidente Toledo. PPK, como é conhecido, foi alvo de uma tentativa de impeachment em dezembro, que fracassou. Em março, perante outra ameaça de destituição, renunciou.
Nestes últimos sete meses, seu partido encolheu e saiu arrasado das eleições municipais e departamentais, obtendo apenas 0,4% dos votos para a prefeitura de Lima, seu principal reduto político.
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