O roteiro trumpista inclui demissão em massa de funcionários públicos, substituindo-os por aliados; enfraquecimento de agências e mecanismos de controle; imposição de tarifas e adoção de ferramentas econômicas para incentivar certos setores (criptomoedas); assédio judicial; saída de organismos internacionais; ausência de cooperação em temas como aquecimento global.
Como não pode controlar as Forças Armadas, Trump se aliou aos plutocratas da tecnologia —hoje, com a força destruidora das redes, dá quase no mesmo. No grito, projeta um expansionismo típico. Afinal, o colosso norte-americano vem de territórios comprados, invadidos ou anexados. Está de olho no Canadá, Groenlândia, Canal do Panamá, Ucrânia e Faixa de Gaza. E mandou recado "decretando" que o golfo do México agora é golfo da América.
O Brasil que se cuide. Até porque já á muita gente com boné Maga (Make America Great Again) na cabeça expressando sua vassalagem. O governador do maior estado da federação o usa, orgulhoso.
A costa brasileira é quase toda lisa, uma baía aqui, outra ali, o que levou o alagoano Graciliano Ramos a apontar uma das razões de nosso fracasso. Segundo ele, toda grande nação tem golfo. Daí ter sugerido ao sergipano Joel Silveira, em conversa na livraria José Olympio, a ideia revolucionária de arrasar Sergipe e Alagoas, fazendo um golfo entre Pernambuco e Bahia, com o rio São Francisco desembocando no fundo. "O golfo das Alagoas!", exultou Graciliano. Ao que Joel protestou: "Por que não o golfo de Sergipe?".
Trump inventaria um terceiro nome, a seu gosto e dispor.
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