Há momentos da história mundial que são singelos, mesmo quando a violência grassa, no fortalecimento da identidade do homem no que ele tem de melhor, na força da determinação e do bem-querer, contra tudo e contra todos, no desafio ao incabível e ao autoritário.
Às vezes, o artista supera o teórico. Três filmes simbolizam a força do que há de ser. Em Spartacus, de Kubrick, Kirk Douglas morre na cruz ao olhar para o seu filho, na injúria dos crucificados da Via Ápia pelo ideal da igualdade que tanto havia propagado a Lei Romana. Em Gladiator, de Ridley Scott, com Russell Crowe, o homem morre por seus ideais, ditando à beira da morte a receita para a sequência digna de Roma, o que não decorreu. Em “O resgate do soldado Ryan”, de Spielberg, a tentativa obstinada e bem sucedida do esforço supra humano pelo simbólico, em uma mensagem de bem-querer de muitos para poucos, para as futuras gerações.
Na “A insustentável leveza do ser” de Kundera, o homem se alterna nas dificuldades e esperança do ser.
Os pensadores sociais tinham sonhos para todos nós. Adam Smith achava que a ação individual levaria à prosperidade social, o que não ocorreu. Marx achava que iríamos para o paraíso socialista, o que não ocorreu. O positivismo e funcionalismo francês, com Comte e Durkheim, prescreviam o aprimoramento das sociedades, o que não ocorreu. Onde estamos? Na beira do abismo, com a indeterminação do amanhã.
Este é um choro humanista, no melhor de Proust, Montesquieu, Dostoievski e Tolstoi, para aqueles que mesmo sacrificaram a vida em prol de algo quem sabe por acontecer.
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