O mal dos povos, o mal de nós todos, é só aparecermos à luz
do dia no carnaval, seja o propriamente dito, seja a revolução. Talvez a
solução se encontrasse numa boa e irremovível palavra-de-ordem: povo que desceu
à rua, da rua não sai mais. Porque a luta foi sempre entre duas paciências: a
do povo e a do poder. A paciência do povo é infinita, e negativa por não ser
mais do que isso, ao passo que a paciência do poder, sendo igualmente infinita,
apresenta a «positividade» de saber esperar e preparar os regressos quando o
poder, acidentalmente, foi derrotado.
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