A boa noticia é que a gente pode descansar a mente. Não existe motivo para preocupação. Não se fala mal do Brasil no hemisfério norte. A má noticia é que ninguém fala do Brasil. Ele não esta no radar. É terra distante sobre a qual pouco se sabe e quase nada se fala. Está ausente da memoria, dos corações e mentes do resto do mundo.
Por aqui, não se sabe das palmeiras e muito menos se ouvem os sabiás. Não é ignorância. É simples desinteresse. Afinal, depois de tanto tempo investindo no isolamento, atingimos o objetivo buscado com tanta força e paixão. Estamos sozinhos.
Seria simples culpar os outros países pela nossa solidão. Afinal, eles sabem mesmo pouco sobre o país. Não seguem o que se passa. Não se interessam. Culpa-los, entretanto, seria exercício inútil de perda de tempo.
A falta de informação é função do desinteresse. Antes de mais nada, um dos maiores obstáculos a serem superados pelo país é que, realisticamente, não existem incentivos para que estrangeiros se envolvam, informem, ou mesmo visitem o Brasil.
As evidencias estão por toda parte. O Brasil recebe poucos turistas, pouca imigração, pouco investimento, pouca atenção, enfim. O Brasil não tem marcas conhecidas, produtos populares, não mais exporta musica, não tem cinema relevante. O isolamento é palpável.
Culpa nossa, sem dúvida. De um lado, desestimulamos qualquer interesse no país. De outro, minimizamos as oportunidades para que este interesse seja despertado. E tudo isto traz consequências.
A falta de engajamento do país e de seus agentes econômicos com o mundo exterior torna o pais não somente isolado, mas cada vez menos relevante para os outros países. A vida segue, mesmo que nos recusemos a dela participar. E o isolamento vai se cristalizando em irrelevância.
Talvez seja mesmo hora de mudar. A hora ideal para integrar ao comercio exterior passou. Faz tempo. Resta agora correr atrás do prejuízo. Abrir-se para o mundo. Rapidamente. E escolhendo melhor os aliados e parceiros.
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