Há civilidade quando governos lhe dão condições de demonstrar que também são gente. O que não mostrará quando tiver aquilo tudo que está faltando por incompetência e ganância de políticos?
Mas se essa civilidade toda de domingo chama a atenção também se contrapõe à truculência da fera ferida de segunda-feira, quando foi divulgado o texto do depoimento de Lula à Polícia Federal.
A "sacanagem homérica" de se afrontar um ex-presidente à convocação de prestar depoimento à Justiça enraiveceu a eminência, que se acha Deus até prova em contrário, como todos os políticos brasileiros que confundem a santidade com o mundano.
Diante do delegado da Polícia Federal, baixou o verdadeiro caboclo João Sem Braço, o autêntico, que depois tornaram Lulinha Paz e Amor. E a face do que se vê pelo depoimento revela o deficiente moral que nunca deixou de ser.
Lula, no depoimento, é Lula sem marqueteiro. O pelego alçado como Sassá Mutema que se lambuzou no melado do Poder e, chamuscado, vira Zeca Diabo. Atira para todo o lado atingindo os amigos (que em breve serão ex) e dando tiro no pé na própria santa imagem: "Era inadequado porque além de ser pequeno, um triplex de 215 metros é um triplex Minha Casa, Minha Vida”.
Lula acusou o golpe e ainda mais ferido mostrou a verdadeira face do idolatrado ex-presidente, que só não fez mais pelo povo porque descansou no sétimo dia. Foi seu pecado. Sonhou em fazer o diabo e infernizou tudo.
O Pai dos Pobres, que mudou o país e levou milhões (sic) ao paraíso do consumo, fala da própria criação com escárnio. Para o nobre ex-presidente pobre é massa de manobra para se locupletar, encher bolsos familiares e de amigos, votar em cretinos e falsos profetas.
O depoimento é o escárnio com os necessitados que tanto acreditaram na sua verborreia e um acinte contra a civilidade e dignidade de cada brasileiro.
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