quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Homem-morcego

Vou perguntar só mais uma vez, para ver se a gente entende: o que tem cara de elefante, tromba de elefante, rabo de elefante, peso de elefante e ainda assim não é um elefante? O Estadão parece insistir na tese da legitimidade disso que aí está. Não consegue ver – porque não quer – que Dilma não é um acidente de percurso na petralharia ou um ponto fora da curva dos governos de esquerda que se aboletaram naquela cadeira.

A vontade de emprestar alguma dignidade ao governo do lulão, aquele mesmo que pilhou até os crucifixos do palácio numa desavergonhada esbórnia que misturou a coisa pública e sua privada, faz o jornalão esquecer que Dilma é o subproduto desta desgraceira, colocada lá tão somente para esquentar a cadeira do chefe. Ao adquirir vida própria, essas coisinhas paridas nos aparelhos rombudos da esquerda terrorista só enxergam a tal “luta” que tanto os persegue e tonteia.

Pela madrugada, Batman!!! Que diabos de defensores da lei, da justiça e do reinado das palavras que foram arranjar em nossa Gotham City, não é mesmo? Tá difícil enxergar o óbvio? Já disse aqui mesmo – e reitero – que não sou conspiracionista. Mas não deixo de enxergar claramente nessa quadrilha uma mentalidade, um modus operandi e uma sequência de atitudes – todas torpes – que desembocaram nessa falência dos múltiplos órgãos públicos que nos rodeia.

Isso é a esquerda no poder, meus caros. Uma confraria de biltres que, quando não está fingindo que governa, está fingindo que escreve editoriais isentos. Afirmar que “é muito provável que os tucanos tenham cometido ilicitudes que precisam ser investigadas” é de uma calhordice editorial que não tem tamanho, não é mesmo? O que eles estão dizendo é que eles mesmo não tem competência para o jornalismo investigativo, o que seria a mola mestra de um jornal, tornando o provável que eles insinuam PROVADO.

Como não está provado, pode ser notícia falsa, plantada para nivelar os diferentes e inadmissível numa publicação do porte deste diário. Pode ser calúnia, o que mereceria uma pesada advertência do governador do Estado, uma vez que não dá pra investigar o que é “provável”, mas não tem indícios. Fala serio. Onde pariram este escriba?

Em tempo: o que tem cara de elefante sem ser elefante é uma carcaça de elefante — o que vai sobrar destes governos e o que eu já expliquei aqui mesmo. Aquela carcaça que a gente vem carregando nas costas e que vem pesando no lombo, patrocinada por quase todo o jornalismo brasileiro. Vai indo que eu não fui.

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