Existem momentos na vida das nações em que se torna necessário recomeçar. Este pode ser um deles. Adianta muito pouco, ou pode não adiantar nada, seguir com planos, projetos, ideias e pessoas que começaram a falhar faz muito, mas, de um dia para outro, desapareceram. Por onde anda a presidente Dilma? E seu partido? Seus ministros, o gato comeu?
Todos viram-se atingidos pelo desemprego, a alta do custo de vida, a inflação, a estagnação econômica e a falta de projetos de desenvolvimento. Os serviços públicos.
Deixada sem passado, a nação perdeu o futuro. Não poderia dar em outra coisa: o vazio. A ausência de um roteiro capaz de preencher necessidades e sonhos. Nem eleições poderiam ocupar o espaço. Muito menos partidos. Sai Dilma, entra Temer. Equivale a trocar seis por meia dúzia.
A pergunta é sobre onde erramos, ainda que poucas vezes tenhamos acertado. Não se trata de encontrar ideologias, muito menos planos fantasiosos. Tanto faz esperar ilusões. O trabalho poderia suprir desilusões, se nele pudéssemos acreditar. Ciência e sabedoria passam ao largo.
Em suma, só e abandonada, tornamo-nos uma nação sem ter no que e em quem acreditar. É o resultado da falta de homens e de ideias, do deserto que viramos.
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