quarta-feira, 30 de março de 2016

Lula e o PT vão mesmo incendiar o país se houver impeachment?


Com as evidências de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff se tornou um rolo compressor e não pode mais ser evitado, sabe-se que o governo e o PT vão esboçar reações. Há três semanas, Lula indiretamente ameaçou incendiar o país, ao proclamar que é o único líder político capaz de levantar o povo. E ninguém tem dúvidas sobre isso, realmente ele pode causar uma comoção social, mas espera-se que tenha juízo e não o faça.

Apesar de Lula não ter tocado mais no assunto, as ameaças continuaram, a partir das declarações de dirigentes petistas e de líderes dos chamados movimentos sociais, que estão sob controle direto do PT ou de partidos aliados, como o PCdoB.

O fato concreto é que o Brasil se tornou paraíso das centrais sindicais e dos movimentos sociais, que são mantidos com recursos públicos oriundos da contribuição sindical obrigatória ou desembolsados diretamente pelos governos federal, estadual ou municipal, que aprenderam a usar organizações não governamentais para montar rentáveis esquemas de corrupção, com destaque para as chamadas organizações sociais, que se multiplicam como pragas.

É neste contexto de corrupção político-social que se arma a reação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, com o presidente do PT, Rui Falcão, ameaçando desestabilizar o país.

Guilherme Boulos, que coordena para o PCdoB o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo sem Medo, que congrega diversos movimentos sociais, também fez grave advertência na semana passada. Sem meias palavras, avisou que, se for efetivado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ou decretada a prisão de Lula, o país será “incendiado” por greves, ocupações e mobilizações. “Não haverá um dia de paz do Brasil”. acentuou.

“Podem querer derrubar o governo, podem prender arbitrariamente o Lula ou quem quer que seja, podem querer criminalizar os movimentos populares, mas achar que vão fazer isso e depois vai reinar o silêncio e a paz de cemitério é uma ilusão de quem não conhece a história de movimento popular neste País. Não será assim”, ressaltou.

É óbvio que os militares estão acompanhando essas ameaças e bravatas. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, já deixou claro que as Forças Armadas só pretendem interferir se forem acionadas por algum dos três poderes (Executivo, Legislativo ou Judiciário), conforme determina a Constituição.

É a melhor saída. Até mesmo porque não há outro caminho, e isso significa que as instituições estão fortalecidas. Portanto, a democracia há de seguir seu curso. E como dizem os cristãos, que assim seja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário