É tanta a sujeira a lavar que a nós, cidadãos plenos nas obrigações tributárias e, não obstante, desfalcados pelo Estado no tudo a ver com a cidadania, não nos cabe ficar escamoteando tanta indignação.
Nas investigações dessa Lava Jato não há indicio que não realce a conexão entre a promiscuidade entre o poder politico e o poder econômico, os dois fazendo o diabo, como receitou a Dilma, para ludibriando a soberania popular continuarem dominando o Estado.
Os romanos até que tentaram moralizar a coisa quando obrigaram os candidatos aos cargos públicos a se vestirem numa túnica branca e durante um período antes da eleição a desfilarem assim pela cidade.
Candidato vem de cândido, aquele que conseguisse atravessar todo o período da campanha andando pelas ruas, enfiado numa túnica branca, sem que ninguém lhe incomodasse atirando-lhe um tomate ou ovo podre.
Sabe-se que por trás das boas intenções dos políticos rolava algum dinheiro como o verbo mais convincente de muitos eleitores.
Há registros de que a eleição para o primeiro cargo da carreira politica de César, o de sacerdote do Templo, custou uma pequena fortuna à família dele, que bancou tudo.
A soberania popular, mais que antigamente, tem sido conspurcada para favorecer os donos do poder politico e os financiadores de suas campanhas eleitorais.
O jogo é pesado. Rola muito dinheiro numa eleição para Vereador. Imagine para um Deputado, Senador ou Presidente da República.
Temos assistido decisões da Justiça Eleitoral cassando mandatos sob a acusação de abusos do poder politico ou do poder econômico.
O voto segue sendo comprado sob as mais diversas modalidades que a cada eleição mais se sofisticam. Mas não nunca se viu a cassação do titulo de eleitor de quem vendeu o seu voto em troca de qualquer vantagem.
O combate à corrupção eleitoral tem que alcançar também a outra ponta do túnel por onde escorre a podridão do esgoto - o eleitor que dá o voto em troca de vantagem pessoal.
Edson Vidigal
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