Quase um em cada cinco novos desempregados do mundo em 2016 e 2017 virá do Brasil. A estimativa é da Organização Mundial do Trabalho (OIT), que em seu mais recente relatório sobre empregabilidade, divulgado neste terça-feira, acredita que 700 mil brasileiros se somarão ao contingente de desempregados até o ano que vem, de um total que pode chegar a 3,4 milhões de pessoas ao redor do planeta.
O país é citado diversas vezes no documento como exemplo de mercado de trabalho em apuros. Segundo a OIT, economias emergentes como a brasileira serão as que mais sofrerão com o desemprego em 2016.
Em meio à crise econômica e à recessão, a sangria no mercado de trabalho do Brasil já foi sentida em 2015: nos 12 meses até novembro, foram perdidas cerca de 1,5 milhão de vagas formais no país.
A China, que acaba de divulgar seu menor índice de crescimento em 25 anos, por exemplo, terá 800 mil desempregados a mais nos próximos dois anos. A desaceleração do país – que é um grande exportador e também grande comprador de matéria-prima, inclusive do Brasil – é um dos principais fatores por trás do recuo no emprego global, segundo a OIT.
A entidade chama a atenção também para a possibilidade de uma acentuação do desemprego caso países emergentes adotem medidas de austeridade – pelos cálculos da OIT, isso poderia criar um contingente extra de 2 milhões de desempregados, inclusive no Brasil.
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