sexta-feira, 1 de maio de 2015

Qual será o posto do pitbull na PM do Paraná?

parana7

“— Amanhã, luto. Na terça, luta”
 Hermes Leão, presidente do sindicato dos professores públicos no Paraná


Um 1º de Maio muito triste, este de hoje. Estranho, logo num país governado pelo Partido dos Trabalhadores, a data máxima dedicada ao trabalho estar envolta em dor, medo e desesperança.

Indignada com a violência em Curitiba, com a cena do cachorro mordendo com fúria um cinegrafista da Band que estava ali a trabalho, fiquei mais horrorizada ainda com a postura de dona Dilma ontem, no encontro que teve com centrais sindicais no Planalto. Ela se limitou a reprovar a violência durante os protestos contra trabalhadores. Pouco, muito pouco, diante do horror que se passou em Curitiba.

Do Ministro do Trabalho não ouvimos nem um pio. Já o Ministro dos Direitos Humanos, Pepe Vargas, deu a seguinte resposta a respeito da violência da polícia e dos cães pitbull a serviço da PM: "Na minha opinião, não é aceitável".

Aceitável... Bem, não era o que eu esperava ouvir, mas pelo menos ele deu sua opinião.

O medo dos trabalhadores com o futuro imediato, com seu dia a dia, com os compromissos que assumiram estimulados pelos governos Lula/Dilma e que já agora sabem que dificilmente poderão honrar, não é exatamente um bom terreno para se comemorar o Dia do Trabalho.

Escrevo este artigo nos primeiros minutos do dia 1º de maio. Não sei como será a festa dos trabalhadores. Sei que dona Dilma não vai falar em rede nacional. Agradeço. Menos um aborrecimento no dia de hoje.

Bastam outras coisas que nos levam a temer por nosso futuro: os bilhões surrupiados do nosso Tesouro, o enfraquecimento dos fundos de pensão, a tentativa de desabonar a Justiça do Paraná, uma decisão infeliz do STF, a farra do Fundo Partidário, as pedaladas fiscais, as gráficas a serviço da lavagem de dinheiro, as picuinhas entre Cunha e Renan, Deus, a lista pode ser longa!

Na minha idade, aquela idade feliz dos que tiveram a sorte de ser longevos, o que mais pesa, além da imensa preocupação com o futuro de filhos e netos, são os planos de saúde e o aumento exorbitante dos preços dos remédios.

Dona Dilma ontem defendeu, na tal reunião com as centrais sindicais, a preservação dos direitos trabalhistas e se disse “contra generalizar o trabalho terceirizado no País” (Blog do Planalto). Renan Calheiros e Lula, o ex-presidente em exercício, têm opiniões semelhantes a esse respeito.

Renan disse que a terceirização seria um retrocesso e o País não "pode pagar esse preço". Lula diz que é “um retrocesso pré-Getúlio que a companheira Dilma tranquilamente vai rejeitar”.

Já o Ministro da Fazenda diz que o governo corta na própria carne, que não somos só nós, sociedade, que vamos sofrer. Algo como “Plante que o Governo garante”, lembram? Foi slogan do governo João Figueiredo (1979/1985).

Garantiu? Pois é...

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