sexta-feira, 1 de maio de 2015

A sujeira das placas de ruas

Ilustre desconhecido parente da recém eleita deputada e mulher de prefeito?
O Brasil tem o péssimo costume de trocar os sugestivos e populares nomes de ruas. Os políticos veem na placa de rua um panteão de glória, própria ou de amigos, vivos ou mortos, mesmo que nenhum deles preste. A falta de méritos é uma constante nos nomes de ruas, que só servem para encimar um poste pipidódromo dos cachorros, a maior glória dos tais escolhidos.

Nesse tipo de homenagem, saem pespegando por aí as placas. Caso famoso é do coronel Antonio Moreira César, nome de rua em muitas cidades, conhecido por Corta-Cabeças, em Canudos, onde morreu depois de cometer barbaridades na Revolta da Armada (1893 - 1894) e na Revolução Federalista (1893-1895), que lhe valeu o patriótico apelido.

Há muito o costume deveria ser abolido para o cidadão não morar em cidade empesteada por gente que desconhece e desmerece ganhar tal glória. É um desserviço à democracia que tão poucos, como os vereadores e prefeitos, usem e abusem das ruas para puxar saco de qualquer um. Como o prefeito que homenageou o irmão morto, conhecido nas rodas por "Bode", e deu o nome a uma "ponte" e a um centro cultural, quando para o homenageado cultura era pó.

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