sexta-feira, 1 de abril de 2016

A Redentora petista

Quem acordou na manhã daquele 1 de abril, ouvindo que as tropas do general Mourão Filho deixaram Juiz de Fora seguindo para o Rio de Janeiro, não esquece mais o susto e o medo daquela juventude. Era a Redentora descendo a serra naquela sexta-feira para instalar o Golpe de 64, que fez o país respirar o medo e o arbítrio por mais de duas décadas.

Coincidência que na tarde deste 31 de março de 2016, aniversário militar da Revolução, as tropas petistas também saíram às ruas, ao custo do dinheiro público, para defender o projeto político de poder, estabelecido pelo PT, de 20 anos no governo dos quais já cumpriram 13 com desastrosa e corrupta administração.

As ruas com militantes subsidiados pelo bolsa mortadela e seus gritos de guerra; a própria presidente ocupando o Palácio do Planalto como palanque partidário, quando prédio público; a decisão do Supremo Tribunal Federal. blindando gente sem foro privilegiado como Lula, família e amigos, traz o mesmo temor daquele 1964.

Naqueles anos, as ruas, vazias e silenciadas, havia o verde-oliva, hoje, o vermelho. O STF então estava silencioso, não silenciado, mas os palácios estavam ocupados como Laranjeiras com gente armada pró-golpe e Jango, mais isolado com menos força, nem lá armada, cercado em Brasília.  Coincidência ou semelhança? Em ambos, mostra-se uma situação que nenhum país sério, que preza realmente a democracia, pode aceitar.

Não se ocupa impunemente as ruas, palácios e tribunais, contra uma população espoliada e achacada por governos corruptos, sob uma crise econômica como nunca vista.

Ao golpe militar se contrapõem agora o golpe político-quadrilheiro para sustentar uma legitimidade das urnas perdida pelas trapalhadas, corrupção e roubo descarado aos cofres públicos.

O que se pode esperar de um governo e de suas instituições que sobrepõem à Justiça o interesse de meia dúzia de cretinos em detrimento de um país à beira do caos social e econômico?

Como querem juízes esfriar o clamor público dando foro privilegiado a uns poucos em detrimento de toda uma população arrasada por ver ladrões e corruptos às gargalhadas na cara de cidadãos ?

A quinta-feira deste 2016 entra na história como a Quinta Vermelha de raiva de ver que neste país mais importam os poderosos, ainda, do que a população que vem sofrendo e ainda sofrerá muito na mão e desgoverno dessa cambada de capa e bandeira que não mais representa o país.

A opção que se vislumbra não será santa, como também não estamos em país santificado de honestos da mais pura estirpe. Mas as questões que se apresentam de Justiça e de contenção da crise galopante. Não será com tribunais silenciosos, mercenários em palácios e corruptos administrando o bem público que se sairá do poço.

Talvez muitos ainda não tenham entendido que a situação criada por desgoverno e investigações policiais são bomba relógio para explodirem o que resta de dinheiro da população debaixo do colchão, quando há. Sem contar a esperança e expectativa de melhoria, que agora por mais que queiram se esfumaçaram. Só imbecis ou cambada paga acredita em milagre de seis meses anunciado por corrupto-mor.

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