Ainda bem que o Programa Nacional de Emergência, proposto oficialmente pelo Diretório Nacional do PT na comemoração do 36º aniversário de fundação, na realidade não é para valer. Trata-se apenas de um factóide, ou seja, mais uma peça ficcional de marketing político, apresentada apenas para ganhar tempo e enganar os incautos. Se João Santana não estivesse atrás das grades, seria logo considerado criador dessa nova empulhação, e talvez possa até ter sido ele, porque nada impedia que enviasse idéias e subsídios lá da República Dominicana. Aliás, todos sabem como o renomado marqueteiro gosta de trabalhar de graça para o partido, tudo por mera identificação ideológica, à semelhança do principal advogado de Lula, o criminalista Nilo Batista, contratado pela Petrobras por R$ 8,9 milhões.
Voltando ao plano econômico da direção do PT, se houvesse mesmo intenção de adotá-lo, com toda certeza iria acelerar a derrocada do país. Felizmente, tudo indica que a proposta não será aceita. Embora a presidente Dilma esteja disposta a destruir a economia nacional, parece que pretende atingir esta realização aos poucos ou em partes (como Jack, o Estripador), enquanto o PT se agiganta e tenta dobrar a meta, para liquidar a economia nacional de uma vez só.
Redução dos juros, simultaneamente ao aumento dos gastos públicos e o uso das reservas cambiais para financiar obras, com reajuste de 20% no Bolsa Família, maior tributação de heranças, criação de imposto sobre grandes fortunas, tributação de lucros e dividendos, cobrança de IPVA sobre iates, aviões e helicópteros, e recriação da CPMF – eis a parte principal da receita petista de 22 ingredientes para recuperar a economia. À exceção do IPVA sobre iates, aviões e helicópteros, uma medida que se faz tardar, o restante é uma mistura explosiva e altamente negativa, indicando a que ponto vai a irresponsabilidade desse pessoal.
O mais inacreditável são as justificativas. “A lógica das propostas é retomar o núcleo da política econômica do governo Lula”, resumiu o presidente do partido, Rui Falcão, ao anunciar o programa emergencial, cujo texto faz duras críticas ao governo de Dilma Rousseff, denunciando que o ajuste fiscal “não teve os resultados esperados, ao menos no que diz respeito aos interesses das camadas populares”.
Ou seja, a direção do PT pensa que já houve ajuste fiscal, quando na realidade não aconteceu nada, não houve cortes de gastos de custeio e o partido está até defendendo o aumento dos gastos públicos, uma versão econômica do Samba do Crioulo Doido, grande sucesso de Sérgio Porto, que faz muita falta, porque o Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País) hoje é muito mais intenso do que nos Anos Dourados da década de 60.
No enlouquecido Programa Nacional de Emergência que o PT agora defende, não há referência às principais questões econômicas, como o déficit orçamentário e o avassalador aumento da dívida pública, que está levando o país à bancarrota. A nova estratégia é apenas um jogo de faz de conta, querem empurrar a crise para a frente, certamente achando que os gravíssimos problemas podem ser resolvidos por osmose ou por influência externa, caso haja recuperação da economia mundial a curto prazo, mas isso não ocorrerá.
A certeza que emerge é de que Dilma Rousseff não mais governa, simplesmente jogou a toalha. Só se preocupa com a dieta e as pedaladas, tentando se equilibrar no poder e resistir até 2018. Sua esperança é esta, não se importa se ficar na História como a pior governanta que este país já teve.
No dia em que Dilma for defenestrada e reabrir sua lojinha de R$ 1,99, a Bolsa de Valores vai registrar uma alta recorde e a economia nacional logo começará a se recuperar, porque todos sabem que o deputado Tiririca sempre tem razão quando diz: pior do que está, não fica.
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