O que deseja Lula? Na realidade um confronto de parte da população que o inocenta e apoia contra o Poder Judiciário e o Ministério Público. A contradição é evidente, a colisão inevitável, cujos estilhaços serão remetidos contra o Palácio do Planalto e, portanto, contra a presidente Dilma Rousseff. Isso porque tal perspectiva não pode interessá-la para exercer seu mandato, cujo caminho já se encontra cheio de obstáculos. O maior deles construído pelo próprio Lula ao aceitar que Odebrecht e OAS pagassem por palestras e pelo acabamento do Guarujá e Atibaia, bens que sustenta não lhe pertencerem.
De fato, o ex-presidente não deseja discutir ou esclarecer as acusações contra ele. Apenas tenta evaporá-las, o que revela um sentimento de culpa evidente. Afinal de contas, qual o motivo que o leva a tentar escapar das explicações? Ora, é a inconsistência de suas próprias declarações possíveis.
Falei no título na perspectiva de uma incursão para desencadear uma anarquia no país. É isso mesmo. Pois este aspecto, aliás bem analisado pela repórter Fernanda Mona, Folha de São Paulo de sábado, destaca bem a hipótese mais que viável de a campanha de Lula contra o Ministério Público e o Poder Judiciário desencadear uma série de conflitos em massa no Brasil. Anarquia evidente, porque não existe lógica alguma na tentativa de alguém contrapor-se à Justiça com base em manifestações populares.
Os confrontos que vão decorrer das manifestações podem detonar uma crise colossal no país, causando explosões seguidas com as quais Dilma Rousseff não poderá concordar ou se omitir.
Implantada a anarquia não estará em jogo apenas o destino de Lula. Estará em jogo principalmente o futuro do governo Dilma Rousseff.
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