“Vai vir merda pra caralho toda hora”Aloísio Mercadante
Compreendo, porém não concordo com o sentimento de indignação coletiva que começou a ganhar volume desde segunda-feira, após a confirmação da artimanha petista para teoricamente melhorar as chances de Lula na justiça.
Digo, se levarmos em conta que domingo à noite estávamos física e emocionalmente exaustos, e portanto propensos a um dia seguinte em ritmo de enterro dos ossos, até faz sentido encarar tal fato como uma ducha de água fria, mas nada além.
Expectativas frustradas à parte, tanto por um refresco, quanto por uma improvável inércia do petismo, insisto, me parecem incompreensíveis as leituras negativas que pipocaram por todo lado. Ou faz algum sentido dizer que o governo “ignorou a voz das ruas”, quando tudo o que o dito cujo fez foi justamente reagir aos protestos?
Também compreendo o clamor pela prisão de Luíz Inácio, e não só compreendo como espero viver para testemunhar sua derrocada, a comprovação jurídica de que jamais foi Padim Ciço, mas um caudilho chinfrim, um espertalhão interessado apenas em si próprio, em suas vitórias, e em alimentar seu ego doentio com cafunés comprados.
E Lula não merece a cadeia somente pelas falcatruas financeiras, é culpado também pelos inúmeros assaltos à alma do cidadão humilde, por ter imposto e aperfeiçoado cacoetes tão abjetos na nossa esfera política, e pelo criminoso semear de um ódio classista e racial no coração do brasileiro.
Enquanto este dia não vem, porém, existe um jogo a ser jogado, e é importante não entrarmos em desespero, sob pena de confundirmos os cenários e partirmos para um debate que somente interessa aos algozes do país.
Desesperados estão eles, Lula acima de todos, vendo seu capital político sendo dilapidado, sua lista de laranjas sendo desnudada, e precisando exilar-se dentro do próprio país quando a alternativa é a cadeia.
Neste ponto, aliás, preciso admitir, fiquei decepcionado com o Brahma. Teria sido muito mais inteligente encarar uma temporada na Papuda, reavivando assim o discurso de quem está sendo perseguido e trabalhar no judiciário para tentar sair antes de 2018, a tempo de disputar as eleições montado em um cavalo branco.
Dilma é outra, afinal está muito perto de ser impedida duas vezes dentro do mesmo mandato; sem falar em Aloízio Mercadante, ainda ontem pego em conversa secretamente gravada tentando comprar o silêncio de Delcídio do Amaral.
Quanto à massa sedenta pelo julgamento destes bandidos que tomaram o Brasil de assalto há 13 anos, violentando conceitos básicos da democracia e aparelhando o sistema a seu favor, o momento pede vigilância e serenidade.
Vigilância para que Moro possa fazer seu trabalho até o fim, desmantelando a quadrilha no Palácio e averiguando todos os indícios que surgirem durante as investigações, independente do partido, nome do suspeito, ou cargo político.
E serenidade para viver intensamente este momento histórico, de preferência sem se deixar envolver em retóricas tolas propostas por fanáticos somente interessados em desconstruir a verdade.
Por fim, de fato, este governo é do PT e fará de tudo para não largar o osso, mas seu destino já está traçado.
Mexer nas reservas para forjar uma melhora na economia, a tentativa de frear o processo de impeachment, e inclusive a ida de Lula para a Secretaria Geral, no fundo não passam de tristes acordes entoados por uma orquestra consciente de que a música chegou ao fim.
Amém.
Digo, se levarmos em conta que domingo à noite estávamos física e emocionalmente exaustos, e portanto propensos a um dia seguinte em ritmo de enterro dos ossos, até faz sentido encarar tal fato como uma ducha de água fria, mas nada além.
Expectativas frustradas à parte, tanto por um refresco, quanto por uma improvável inércia do petismo, insisto, me parecem incompreensíveis as leituras negativas que pipocaram por todo lado. Ou faz algum sentido dizer que o governo “ignorou a voz das ruas”, quando tudo o que o dito cujo fez foi justamente reagir aos protestos?
Também compreendo o clamor pela prisão de Luíz Inácio, e não só compreendo como espero viver para testemunhar sua derrocada, a comprovação jurídica de que jamais foi Padim Ciço, mas um caudilho chinfrim, um espertalhão interessado apenas em si próprio, em suas vitórias, e em alimentar seu ego doentio com cafunés comprados.
E Lula não merece a cadeia somente pelas falcatruas financeiras, é culpado também pelos inúmeros assaltos à alma do cidadão humilde, por ter imposto e aperfeiçoado cacoetes tão abjetos na nossa esfera política, e pelo criminoso semear de um ódio classista e racial no coração do brasileiro.
Enquanto este dia não vem, porém, existe um jogo a ser jogado, e é importante não entrarmos em desespero, sob pena de confundirmos os cenários e partirmos para um debate que somente interessa aos algozes do país.
Desesperados estão eles, Lula acima de todos, vendo seu capital político sendo dilapidado, sua lista de laranjas sendo desnudada, e precisando exilar-se dentro do próprio país quando a alternativa é a cadeia.
Neste ponto, aliás, preciso admitir, fiquei decepcionado com o Brahma. Teria sido muito mais inteligente encarar uma temporada na Papuda, reavivando assim o discurso de quem está sendo perseguido e trabalhar no judiciário para tentar sair antes de 2018, a tempo de disputar as eleições montado em um cavalo branco.
Dilma é outra, afinal está muito perto de ser impedida duas vezes dentro do mesmo mandato; sem falar em Aloízio Mercadante, ainda ontem pego em conversa secretamente gravada tentando comprar o silêncio de Delcídio do Amaral.
Quanto à massa sedenta pelo julgamento destes bandidos que tomaram o Brasil de assalto há 13 anos, violentando conceitos básicos da democracia e aparelhando o sistema a seu favor, o momento pede vigilância e serenidade.
Vigilância para que Moro possa fazer seu trabalho até o fim, desmantelando a quadrilha no Palácio e averiguando todos os indícios que surgirem durante as investigações, independente do partido, nome do suspeito, ou cargo político.
E serenidade para viver intensamente este momento histórico, de preferência sem se deixar envolver em retóricas tolas propostas por fanáticos somente interessados em desconstruir a verdade.
Por fim, de fato, este governo é do PT e fará de tudo para não largar o osso, mas seu destino já está traçado.
Mexer nas reservas para forjar uma melhora na economia, a tentativa de frear o processo de impeachment, e inclusive a ida de Lula para a Secretaria Geral, no fundo não passam de tristes acordes entoados por uma orquestra consciente de que a música chegou ao fim.
Amém.
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