Hora de se mexer
A modernização do país no campo político anda a passos de caranguejo: dois para frente, um para o lado, um para trás. Como mudar? Enfrentando o cerne do problema. A reforma fundamental, mãe de todas as reformas, deverá contemplar a base da sociedade, com o objetivo de colocar no mapa da cultura política as massas incultas e analfabetas. Trata-se, portanto, de reformar a educação básica. A escola pública está deteriorada. Milhões de brasileiros afastam-se do sistema educacional.
Medidas paliativas, como as de combate à fome e à miséria, dentro de uma visão assistencialista, têm méritos no curto prazo para minorar o desespero que se alastra em algumas regiões. Mas não quebrarão os elos que prendem o país ao passado e que escancaram traços de uma sociedade agrária. Essa é a questão de fundo. A esperança é a de que a sociedade organizada, por meio de suas centenas de entidades, empurre seus movimentos para as ruas, fazendo pressão sobre os poderes centrais. 2015 é um ano propício para avanços.
Gaudêncio Torquato, "As reformas? Ora, tropeçam"
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