Sem dinheiro, prefeitos preveem diminuir investimento em novos equipamentos públicos
No final do mês passado, o Governo federal anunciou que o país terá quase 70 bilhões de reais a menos do que o programado neste ano para investir, 11,77 bilhões de reais deles na saúde. Apesar de garantir que programas essenciais como a atenção básica, a vacinação obrigatória e o programa Mais Médicos não serão afetados, já é possível saber que é menor a previsão de gastos gerais com programas e ações de saúde (o que, de fato, é aplicado em atendimento de saúde; exclui, por exemplo, itens como investimento em saneamento básico feito com verba do ministério).
“O primeiro sintoma desse processo é a resistência de muitos gestores em fazer qualquer investimento. Investimento de hoje significa a ampliação dos gastos no futuro”, explica Fernando Monti, secretário municipal da Saúde de Bauru (interior de São Paulo) e presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). “Se a construção de uma unidade de saúde custa 5 milhões de reais, o município vai ter que gastar mais 5 milhões de reais por ano para conseguir mantê-la”, exemplifica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário