A Operação Aletheia, que levou Lula a depor à PF, tem na mira “organização criminosa infiltrada dentro do governo federal que se utilizava da Petrobrás e de outras empresas para financiamento político e também para apropriação pessoal”. Essa “organização criminosa”, segundo o procurador Carlos Fernando Santos Lima, “certamente tem um comando”. Todo o Brasil sabe quem é o chefe da quadrilha.
Lula está aprisionado no labirinto das suas mentiras e do seu cinismo. Briga contra os fatos. Mas a verdade está gritando na seriedade da democracia e no coração dos brasileiros. Sua defensiva conclamação à violência e seu deboche pelas instituições pegou muito mal. De fato, Lula nada explicou. Nada disse que ajudasse os brasileiros a entender porque recebeu milhões de reais de empresas condenadas por esquemas de corrupção na Petrobrás e de lobistas traficantes de medidas provisórias no seu governo. O mito está derretendo.
E a presidente da República? Dilma Rousseff está agonizando, isolada no seu desligamento da realidade, na sua arrogância, no desgoverno provocado por sua incompetência, enrolada no cipoal de suas mentiras. Delcídio Amaral pôs a boca no trombone. O material divulgado pela Revista IstoÉ é explosivo. É a ponta do iceberg. Delcídio acusa Dilma e seu padrinho de saber da existência do petrolão, de agir para mantê-lo em funcionamento e de atrapalhar a apuração do esquema de corrupção na Petrobrás. Dilma Rousseff é uma peça pequena, quase inexpressiva, de uma engrenagem perversa de perpetuação do poder e de pilhagem do dinheiro público montada pelo ex-presidente Lula e pelo PT. Mas fez a sua parte e deve ser responsabilizada por suas ações.
A máquina lulopetista começa a ranger graças ao excelente trabalho técnico de um jovem magistrado. Há um vazio de governo. Dilma, de fato, já é passado. E Lula, o criador, escorrega com ela. O ex-presidente está tenso. Assombra-o, sobretudo, o avanço da Operação Lava Jato. Só isso explica o incitamento à violência, as bravatas e os palavrões da jararaca. Lula está desestabilizado por uma razão muito simples: a mentira se escancarou, a punição se aproxima, a estrela apagou.
Carlos Alberto Di Franco
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