E, nesse caso, ou dá ou desce: ou o Congresso aprova a CPMF, o chamado imposto do cheque, ou ela se verá obrigada a aumentar outros impostos que não precisam da autorização do Congresso para ser aumentados.
Foi o que Dilma disse, ontem, em reunião com senadores que a apoiam. Ou que dizem que a apoiam – nunca se sabe. São remotas as chances de o Congresso aprovar a recriação da CPMF.
Os mais velhos e céticos poderão perguntar: “E Sarney?” A inflação no governo dele chegou a 80% por mês. Mas com a morte do presidente eleito Tancredo Neves, Sarney herdou um governo que não era dele.
E mais: quer se goste dele ou não, a principal missão de Sarney era a de fazer a transição entre a ditadura militar recém-esgotada e a democracia extinta 21 anos antes. Ele cumpriu a missão.
Qual seria a missão de Dilma? Dar continuidade aos dois governos de Lula, que deixou o cargo com mais de 80% de aprovação. E devolver a ele o poder quatro anos depois – não oito anos depois.
Resultado? O desastre que vivemos. Ela fez tudo ou quase tudo errado. Afundou o país porque carecia de qualidades para governá-lo. E vê Lula ser tragado pelo mar de lama da corrupção.
Bobagem essa história de que a corrupção nos últimos 13 anos deve ser debitada apenas na conta de Lula. Quando nada, Dilma foi cúmplice ou conivente com muitos dos crimes cometidos.
Ela foi a principal auxiliar de Lula desde que assumiu a da Casa Civil da presidência em substituição ao ex-ministro José Dirceu. E nunca teve coragem de se rebelar diante de malfeitos. A Lula só disse amém.
A Petrobras é feudo dela desde 2003. Como acreditar que ela não fazia a mínima ideia do que se passava ali? Se nunca fez, no mínimo pecou por incompetência.
Dilma só passou a falar grosso quando foi eleita da primeira vez. E nunca mais perdeu o hábito. Uma prova disso é sua ameaça de aumentar impostos se o imposto do a CPMF não passar no Congresso.
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