A velha militância petista, com seus cabelos grisalhos e os olhos marejados, se misturou a muitos jovens, que exalavam a energia política das próximas décadas. Essa eleição provocou essa nova geração, ao menos a parte dela que não se submete ao racismo, à homofobia e ao machismo.
Assim, os dois sentidos da Paulista foram tomados pela diversidade. Estavam lá também famílias com crianças, todos esperando que Lula subisse no carro de som e os saudasse. Quando seria? A expectativa aumentava o volume do coro, as canções da campanha, “ôôô, o Lula voltou”, as caixas de som berravam “”Tá na hora do Jair já ir embora”. O ainda atual presidente foi lembrando com um carinhoso “Ei Bolsonaro vai toma no cu”.
Desgarrar os símbolos nacionais, como a bandeira e a camisa da seleção da extrema-direita pareceu o primeiro projeto político da avenida. Uma bandeira do Brasil gigante foi estendida, camisas amarelas da Nike pipocavam e pequenas bandeiras de plástico enfrentavam freneticamente o vento. Mas o vermelho prevaleceu. Falando de futebol em ano de copa, Neymar foi reverenciado com xingamentos e uma canção que exaltava sua ex-namorada Bruna Marquezine.
Quando Lula subiu no carro de som, o formigueiro se espremeu e o espaço entre as pessoas sumiu. Os braços levantados empunhavam o “L” e as vozes se fundiram em “Lula, guerreiro, do povo brasileiro”. Voltaram as lembranças de 2002, quando essa mesma avenida se derramou de esperança.
Acompanhado do carisma de Janja, da discrição Geraldo Alckmin (PSD), da lealdade de Fernando Haddad e Gleisi Hoffman, Lula disse que “essa não é uma vitória minha, uma vitória só do PT. É uma vitória de toda nação, de quem resolver liberar o país do autoritarismo”. Agradeceu Simone Tebet mais uma vez.
“A partir de amanhã eu tenho que começar a me preocupar como é que a gente vai governar este país. Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição para que a gente tome conhecimento das coisas”, discursou o novo presidente.
Houve um emocionado minuto de silêncio para as vítimas da pandemia. E enquanto Daniela Mercury cantava, as pessoas começaram a se dispersar. Antes o Hino Nacional foi cantado a plenos pulmões. Perguntei a um vendedor de água, o que ele achava da vitória de Lula: “Pra mim não vai mudar nada, vou continuar trabalhando e morando na rua”.
Domingo foi dia de comemorar. Mas a segunda-feira cinza e chuvosa em São Paulo parece anunciar os enormes desafios e dificuldades que o país e a democracia enfrentarão nos próximos anos.
Desgarrar os símbolos nacionais, como a bandeira e a camisa da seleção da extrema-direita pareceu o primeiro projeto político da avenida. Uma bandeira do Brasil gigante foi estendida, camisas amarelas da Nike pipocavam e pequenas bandeiras de plástico enfrentavam freneticamente o vento. Mas o vermelho prevaleceu. Falando de futebol em ano de copa, Neymar foi reverenciado com xingamentos e uma canção que exaltava sua ex-namorada Bruna Marquezine.
Quando Lula subiu no carro de som, o formigueiro se espremeu e o espaço entre as pessoas sumiu. Os braços levantados empunhavam o “L” e as vozes se fundiram em “Lula, guerreiro, do povo brasileiro”. Voltaram as lembranças de 2002, quando essa mesma avenida se derramou de esperança.
Acompanhado do carisma de Janja, da discrição Geraldo Alckmin (PSD), da lealdade de Fernando Haddad e Gleisi Hoffman, Lula disse que “essa não é uma vitória minha, uma vitória só do PT. É uma vitória de toda nação, de quem resolver liberar o país do autoritarismo”. Agradeceu Simone Tebet mais uma vez.
“A partir de amanhã eu tenho que começar a me preocupar como é que a gente vai governar este país. Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição para que a gente tome conhecimento das coisas”, discursou o novo presidente.
Houve um emocionado minuto de silêncio para as vítimas da pandemia. E enquanto Daniela Mercury cantava, as pessoas começaram a se dispersar. Antes o Hino Nacional foi cantado a plenos pulmões. Perguntei a um vendedor de água, o que ele achava da vitória de Lula: “Pra mim não vai mudar nada, vou continuar trabalhando e morando na rua”.
Domingo foi dia de comemorar. Mas a segunda-feira cinza e chuvosa em São Paulo parece anunciar os enormes desafios e dificuldades que o país e a democracia enfrentarão nos próximos anos.
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