terça-feira, 1 de março de 2022

Um presidente sem sorte e que não dá sorte a ninguém

Bolsonaro não sabe distinguir entre agressor e vítima, ou finge não saber. Agressor é a Rússia de Putin, que invadiu a Ucrânia com cerca de 200 mil soldados a pretexto de que ela sempre pertenceu ao seu país. Não foi bem assim. Em tempos imemoriais, foi o contrário. E a Ucrânia é, hoje, um país independente.

Bolsonaro não sabe o que é neutralidade, ou finge não saber. Se soubesse, não diria que o Brasil é neutro no caso da invasão da Ucrânia. O Brasil condenou duas vezes a invasão ao votar na ONU. Neutros foram os três países (China, Emirados Árabes Unidos e Índia) que se abstiveram de votar. Só a Rússia votou a favor dela.

Bolsonaro não sabe quando falar a verdade aos seus governados, e, nesse caso, não é puro fingimento; está acostumado a mentir ou ocultar. Os líderes dos países mais importantes começam a preparar seus povos para os efeitos econômicos negativos da guerra na Ucrânia. Bolsonaro guarda silêncio.

Bolsonaro não tem sorte e não dá sorte a ninguém. Em pouco mais de três anos, enfrentou uma pandemia, e, agora, uma guerra. Preferiu negar que houvesse uma pandemia, concedendo passe livre ao vírus para que matasse. Quanto à guerra, apostou que não haveria – e perdeu; por fim, alia-se ao lado errado.


Pode ter sido sorte de Bolsonaro se eleger presidente da República, mas do Brasil não foi sorte.

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