Jair Messias cutucou com vara curta o Alto Comando do Exercito. O ex-ministro Eduardo Pazuello não foi obrigado, mas, convidado pelo Presidente da República, participou de ato politico estritamente vedado pelo Regulamento Disciplinar do Exercito Brasileiro.
Bolsonaro e Pazuello conhecem bem o Regulamento. Em 1987, o Capitão feriu os códigos do Exército e acabou expulso da tropa. Dizem que pediu para sair. Pouco importa. O Capitão foi punido por infringir regras estabelecidas. No caso de Pazuello, diz o item 57 do anexo I do decreto 4.346/02: é transgressão o ato de “manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”.
Pazuello e Bolsonaro são responsáveis por conflito institucional que se avizinha. O País vive instabilidade política crescente, crises sanitária e econômica. A tensão militar é desnecessária, nesse momento. O Exército deve se posicionar com rapidez e energia, sob risco de ver desmoralizado seu Alto Comando. Se correr frouxo, militares da ativa ficarão a vontade para endossar publicamente os disparates de Bolsonaro.
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