Desenfreado no linguajar, o Capitão desconfia da sombra. Imaginemos quantas ameaças nada veladas faz por mensagens. Gustavo Bebbiano foi seu braço direito na campanha. Demitido do governo e ameaçado pelos filhos do presidente, enviou seu celular para os Estados Unidos. Por precaução.
O celular de Sergio Moro também carece de perícia. O ex-juiz tem o dever moral "e de função" de exibir todas as mensagens que recebeu do ex-chefe. Não apenas as selecionadas por ele.
Desprezíveis na forma de agir, falar, intimidar, Bolsonaro e Moro jamais mostrarão a verdade. A reunião do dia 22 é prova cabal de como age esse tipo de gente. Enquanto Bolsonaro humilhava seu ministério, e proferia ofensas à Nação, Moro mostrou-se impassível, de braços cruzados.
O processo de Moro contra Bolsonaro tem desfecho previsível. O Capitão costuma repetir que é dono da caneta, do País, da Constituição, dos três poderes, do ministério. Ontem, no final da manhã, improvisou uma visita à Procuradoria-Geral da República. As notícias que vêm de lá não tem sido favoráveis a ele.
Procuradores da República, em análises preliminares do processo, encontraram indícios de crime. Bolsonaro quis intimidar a PGR. Augusto Aras lhe deve o cargo.
Jair só não tem força para segurar a onda de popularidade. Está despencando. Fala-se num patamar de 20% de apoio até o final da pandemia. Como castigo, Moro também está vendo ruir seu castelo.
Miriam Guaraciaba
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