O Banco Mundial divulgou, recentemente, uma pesquisa segundo a qual a poluição atmosférica – e só ela – causa perdas de US$ 4,9 bilhões à economia brasileira. O prejuízo viria das mortes prematuras, gastos com doenças e perda de produtividade. Eis aí, seguramente, uma outra reforma a ser urgentemente encetada – sugeriria que começasse pelo “pó preto” que causa doenças e mortes em Vitória há décadas.
Há também os acidentes de trânsito. Segundo o Ministério da Saúde custam ao Brasil US$ 0,6 bilhão a cada ano. Que tal reformarmos nossas vias? Taparmos nossos buracos? Construirmos ferrovias neste país tão grande? Utilizarmos mais nossos rios como hidrovias? Vai aí, sem dúvida, uma outra importante reforma – e com ela estaríamos estancando outra sangria, a da logística. Segundo a Confederação Nacional da Indústria nossa economia perde US$ 7,8 bilhões a cada ano pela falta de um sistema de transporte de cargas racional.
Não nos esqueçamos da corrupção, cujo impacto estimado na economia do Brasil alcança US$ 21,5 bilhões a cada ano, ou inacreditáveis 2,3% do PIB – dados de 2013. Acabar com esta roubalheira é possível – basta reformar o nosso mundo das leis.
Uma outra reforma simples seria a do tabaco. Acredite: só ele nos causa um prejuízo de US$ 14,9 bilhões a cada ano, ao elevar nossas despesas com saúde pública e reduzir a produtividade de nossa força de trabalho.
Termino esta pequena relação com o pagamento dos juros da dívida pública – algo em torno de US$ 86 bilhões a cada ano. Eis aí algo que justificaria o uso imediato de alguma riqueza nacional, dessas atualmente exploradas a preço de banana, para voltarmos a poder dispor de quase metade do nosso orçamento.
Somei tudo. Cheguei a US$ 181,8 bilhões falando apenas de aspectos básicos demais. Uma ação imediata e firme sobre estes aspectos – e só eles – já daria um vigoroso impulso à economia e principalmente ao ânimo dos brasileiros. E eis aí algo que uma verdadeira mobilização nacional poderia conseguir, salvando as gerações seguintes e talvez a própria identidade nacional. Acorda, Brasil!
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