As instituições brasileiras vivem o seu inferno astral desde que o PT se implantou no país e transformou a nação em um grande pardieiro. Começou com o mensalão e terminou na Lava Jato, a maior operação contra a corrupção que se tem notícia no mundo. E para animar a festa no chatô, os brasileiros foram às ruas e despediram a Dilma da presidência. Agora, assiste-se a outro pandemônio político: o ministro Marco Aurélio Mello, com uma canetada, decreta o expurgo de Renan da presidência do Senado, influenciado, como ele próprio descreveu na liminar, pelo barulho das ruas. O ministro foi taxado de louco por seu colega Gilmar Mendes, que ainda pediu o seu impeachment.
O país está na contramão da história desde que os petistas botaram o pé em Brasília e montaram a maior organização criminosa da história. Ocuparam as estatais, criaram a república sindical e a partir daí saquearam os cofres públicos em bilhões de reais, como descobriram os investigadores da Lava Jato. Na onda da operação que desmontou a quadrilha petista, alguns juízes decidiram também enfrentar com coragem e determinação outros escândalos localizados. Assim é que prenderam o casal Cabral e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Rio.
Mas o que de verdade está acontecendo com o Brasil? Um vendaval de desordem institucional de proporções inimagináveis, onde ministros do STF não se entendem, empresários decidem delatar seus parceiros políticos e os partidos se unem para defender o indefensável, os seus interesses. Na outra ponta, no Executivo, um presidente que não cansa de tentar justificar o malfeito dos seus auxiliares. Desde que assumiu, Temer já foi obrigado a descartar vários de seus ministros, quase todos envolvidos em escândalos. Isso mostra que o presidente tinha poucos nomes fora do seu convívio para ocupar os cargos de maior envergadura no seu governo. Valeu-se, portanto, dos amigos mais íntimos que, como peças de dominó, caem um a um. Isso só mostra que não vivia cercado de boas companhias.
Com uma base parlamentar sólida dentro do Congresso Nacional, o presidente ainda tenta encontrar um caminho para tirar o país dessa tormenta. Foi buscar em Henrique Meirelles o elixir da salvação, mas o ministro da Fazenda ainda não viu luz no fim do túnel para incentivar o crescimento e gerar emprego e renda para milhares de brasileiros afetados pela crise criada pelo famigerado governo petista. Agora, além de se preocupar com os destroços da economia, Meirelles tenta também apagar o fogo da sua fritura. Já negou, mas não convenceu o mercado que fala na sua saída do ministério.
É o Brasil em ebulição, vivendo uma das suas maiores crises políticas, econômica e sobretudo ética. É o Brasil que empobrece, que se envergonha, mas que vai às ruas exigir o fim da corrupção. É o Brasil que se frustra, que vive em crise permanente. É o Brasil que assiste perplexo políticos como Sérgio Cabral colecionarem milhões e milhões de reais em joias raras com dinheiro roubado de obras públicas. É o Brasil que se afunda na maior crise financeira com a falência já decretada de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de janeiro até então estados produtivos e saudáveis financeiramente.
É o Brasil que se sente impotente diante dos altos salários que criam os milhares de marajás no Executivo, no Parlamento e no Judiciário. Que se sente impotente porque sabe que muitos desses privilegiados servidores legislam em interesse próprio, não querem largar a rapadura. É o Brasil que não respeita a lei, que orgulhosamente gosta de praticar a lei de Gerson, aquela que incentiva “levar vantagem em tudo”.
Diante de tanto descalabro moral e ético, onde vai parar o país? Ninguém sabe. O que se sabe, de verdade, é que a Lava Jato prospera, cresce como fermento, mas poucos arriscam saber o tamanho desse bolo. É este o legado que um bando de sindicalistas irresponsáveis deixa para o Brasil, hoje um país tonto e sem rumo. É o salve-se quem puder.
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