Neste início de milênio, o mundo gasta em torno de um trilhão e meio de dólares com os orçamentos militares, quase a metade pelos Estados Unidos. Ao longo do século 20, num cálculo conservador, os gastos com armas passaram de 50 trilhões de dólares. As guerras produziram, direta e indiretamente, quase 200 milhões de cadáveres, segundo o historiador Eric Hobsbawm. Conclusão: cada cadáver custou 250 mil dólares!
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Francois Robert |
Isso mesmo, faça a conta: 250 mil dólares para eliminar uma pessoa. O que é mais barato, matar ou manter a vida? Quantos neste mundo conseguem amealhar 250 mil dólares ao fim de décadas de trabalho? Quantas escolas podem ser construídas com essa fortuna? Por isso, a indústria bélica busca e fomenta conflitos em todo o planeta. Os países perdem, ela sempre sai ganhando. Matar dá muito dinheiro.
Cabe aqui uma pergunta para a espécie que se ufana da inteligência e da civilização: por que ainda preferimos semear a morte que manter a vida?
O convívio - com a aceitação das diferenças inerentes a cada povo e cada cultura - é uma utopia. A violência é a realidade. Agora e sempre?
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