Afinal de contas, era a primeira vez que o jornalismo investigativo se mostrava impotente face o sistema legal de grampos judiciais, o Guardião. Jornalista não tem meios de competir com esse tipo de aparelho. Sobre o qual contei tudo aqui.
Desde então, jornalista acabou sendo reprodutor de escutas do Guardião. Fazer investigação virou obter documentos prontos. O jornalismo investigativo tradicional começava a morrer e a renascer num outro modelo: obter de gravações de grampos oficiais e publicá-las.
Diz a Conjur que, de acordo com o novo texto, o Judiciário é responsável por apurar a divulgação de informações sigilosas por qualquer um dos envolvidos em quaisquer ações que corram em segredo de Justiça. A resolução obriga o juiz a investigar os vazamentos mesmo que eles tenham partido do Ministério Público e da autoridade policial.
A resolução, prossegue a Conjur, também cria uma série de obrigações ao juiz que determinar a quebra de sigilo ou que mandar grampear o telefone de investigador e acusados. O texto obriga o magistrado a escrever, na ordem, os indícios de autoria do crime, as diligências feitas antes do pedido de quebra de sigilo ou de grampo e os motivos pelos quais não seria possível obter a prova por outros meios.
Sabe o que isso significa?
É a vitória do lobby de alstonianos, mensaleiros, merendeiros e petroleiros, não importa o partido, contra os jornalistas.
O CNJ quer punir quem luta pela transparência.
Mais uma instituição se curva aos corruptos.
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