quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Obra do diabo

A colheita será sempre de acordo com a qualidade da semente plantada. E eleição também não deixa de seguir esse princípio.

A verdade é que temos votado mal – nossos votos têm sido como sementes podres. Votar nesses candidatos do PT é plantar em terras áridas e desérticas. Mais cedo do que pensamos, vamos ver a desgraça que foi o inverno tenebroso do período Lula-Dilma – o tempo é o senhor da razão, diz o provérbio português.


Política é mesmo uma ciência do diabo, e o Brasil, tudo leva a crer, fez pacto com o demo. De acordo com o dito popular, pau que nasce torto morre torto, e nós, brasileiros, entortamos antes de nascer...

Imaginem só: o que aconteceu com Tancredo, fruto de armação do Ulisses, fez sobrar para nós o Sarney, que continua frequentando, como alma do outro mundo, os acontecimentos que marcam isso que está aí – uma verdadeira obra do diabo.

Apesar da vaidade do Fernando Henrique, o que teria sido de nós, nesse inverno petista que dura mais de doze anos, não fosse a modesta clarividência de Itamar Franco, autor do Plano Real?

Minha geração e as seguintes pagarão a conta, pendurada por um governo de analfabetos, que teve como sucessora, no mínimo, uma mentirosa. Que dizer de uma “doutora” que se diz orgulhosa pela conquista da mandioca, “uma coisa muito importante”? E o inventor da figura, o ex-Luiz? Escolheu alguém que o sucedesse sem deixar dúvidas de que era um produto de sua própria ignorância e de ninguém mais. E deu no que deu.

Ao final deste ano que se encerra depois de amanhã, o Brasil, sempre varonil, estará devendo U$ 550 bilhões e mais R$ 2,5 trilhões, mais ou menos, R$ 4,5 trilhões... E para onde terá ido esse dinheirão, a não ser para a corrupção? A Constituição cidadã de 1988 manda que essa dívida seja auditada. Foi? Foi e continuará sendo, no dia de São Nunca, na parte da tarde...

A partir do dia primeiro, ou seja, a partir de sábado próximo, até meados de junho, nós, brasileiros, estaremos trabalhando só para pagar impostos. Pagamos imposto pra tudo, até pra dormir, e adiantado. Após o ano fiscal, que coincide com o ano civil, todos nós faremos nossa declaração de renda e ficaremos esperando o resultado. Quem fez negócios no ano findo já pagou na fonte, e quem vive de vencimentos, a maioria esmagadora dos brasileiros, vai esperar a boa vontade da Receita Federal para ter a devolução dos impostos pagos adiantados e em excesso.

Mas cada povo tem o governo que merece. Então: ou nós entendemos isso ou vamos viver eternamente deitados em berço esplêndido, morrendo de raiva com nossa própria apatia.

Enquanto tudo isso acontece, transformaram o Cunha, que também não é santo, em protagonista desse filme de terror e desviaram a atenção da Lava Jato dos verdadeiros culpados. E o ex-Luiz continuará fazendo conferências para trouxas e Dona Dilma voando com ar “blasé” apreciando enchentes com cara de piedade. E o povo? Ah! Sim, o povo...

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