domingo, 12 de abril de 2015

Domingo de rezar para mudar

Todo dia é dia de protestar, e se protesta até sem se dar conta. Nos momentos de agora no Brasil, o protesto até se tornou de toda hora. Não porque seja moda, ou só para zoar. É uma necessidade de não se calar para não se submeter. Se quem cala consente, grite-se. Ou não estamos numa democracia na qual há o direito de se falar, se reunir, criticar sem pedir licença ou sentir o cassetete no lombo?

Mais do que nunca é preciso protestar mesmo sem o chamado "foco", que só não vê quem não quer. O grito é mudar, tirar o que está com desgaste material, fazer recall. Precisa-se dar outra arrumação na casa, arejar os pútridos ares de miasma político-administrativo.

Nenhum país aguenta ser paraíso para marginais no poder, que promovem ou são coniventes, cúmplices da corrupção. Isso é roubar o pão de todos, ainda mais dos necessitados que ficarão em maior penúria. Chega de usar o pobre como fachada, propaganda política, e dar aos mesmos que defende apenas as migalhas, quando não a miserabilidade da saúde, da educação, da segurança pública, do saneamento básico.

Fazer o que der na cabeça, tresloucadamente, com o único intuito de se manter no governo, é crime que deve ser punido. Se a justiça não pega os bandidos e os tira do convívio da sociedade, há que gritar: "Pega ladrão!".

Estourem os ouvidos dos políticos, porque o grito é mais forte. E bem que domingo é uma ótima escolha para sair às ruas num velho "footing" político. Se manifesta sem vale passeata, tíquete sanduíche de mortadela e cachê de R$ 50. Vai-se com a cara e a coragem, as mesmas com que todo o dia enfrentamos as mazelas da cretinice político-governamental. Quem vai à rua, quem protesta contra a canalha, só tem mesmo essa cara de revolta e com ela é que vamos lutando sempre nossa prece de cada dia. 

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