Adversários no Norte da África e depois no continente europeu, os generais George Patton, dos Estados Unidos e Erwin Rommel, da Alemanha, tinham características iguais. Para eles, o bom soldado não era o que morria pela pátria, mas o que fazia o inimigo morrer pela dele. Só admitiam uma estratégia: avançar sempre. Jamais manter posições ou aferrar-se ao terreno, mas seguir adiante, com o objetivo da vitória final.
Do discurso da presidente Dilma, na posse, ao pronunciamento do ministro Joaquim Levy, ao receber o cargo, o que se viu foi o governo abrindo trincheiras para enfrentar o adversário. Mais ainda, recuando.
Vão perder a guerra. Nenhuma administração pode aspirar sucesso quando prega apenas aumento de impostos, ajustes fiscais, corte nos investimentos, redução dos benefícios sociais, demissões e perda do poder aquisitivo dos salários.
Falta ao governo um plano para a vitória sobre a crise econômica, impossível de ser conquistada apenas com medidas de contenção. Nem é preciso citar os presidentes da República que deram certo e os que quebraram a cara. Os que ficaram nas trincheiras e os que avançaram.
Qual o objetivo do segundo mandato de Dilma? Se for apenas garantir o bolsa-família e demais programas assistencialistas, fica fácil prever o resultado: as demandas nacionais aumentarão não apenas no campo social, mas na economia. Para atendê-las não basta arrumar as contas e pagar as dívidas. É preciso avançar.
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