Arrisca-se
a morrer de um ataque de bocejos quem permanecer, no PT, confiando nas
promessas da presidente Dilma. Como aconteceu na reunião do Diretório Nacional
do partido, em Fortaleza, no final da semana que passou, a primeira-companheira
inundou a plateia com chavões de mudanças sociais cada vez mais ousadas.
Parecia sobrinha do Lenin, tanto ao referir-se aos últimos quatro anos quanto
aos próximos. Em vez de arrancar aplausos generalizados, porém, inaugurou um
festival de imensos bocejos.
Porque
os petistas conformaram-se com as notícias de que Joaquim Levy seria ministro
da Fazenda, Katia Abreu, da Agricultura, Armando Monteiro, do Desenvolvimento,
e Henrique Alves, da Previdência, além da certeza de que PR, PP, PSD, PDT e PTB
não ficariam fora do ministério.
Todo
esse conjunto, além de outras nomeações previstas, indica de forma inexorável o
recuo definitivo do governo até as trincheiras da extrema direita. Tudo ao
contrário da pregação de campanha da então candidata e, até mesmo, de suas
atuais definições retóricas. Numa palavra, embromação. Na verdade, o segundo
mandato prenuncia submissão aos postulados neoliberais e aos seus agentes. Mais
uma vitória dos mesmos de sempre, anunciando aumento de impostos sobre a classe
média, jamais dos potentados. Além de predomínio do agronegócio diante das
pequenas propriedades, dos benefícios aos usineiros e do predomínio cada vez
maior da previdência privada sobre a previdência pública. A conclusão é de que
o PT, coitado, acabou no Irajá. Termina num imenso bocejo…
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