quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Em horas a última folha do calendário vai ao chão. Um novo ano chega com 365 dias para se escrever uma História que não seja nunca com pitadas de ódio, irresponsabilidade, infâmia, calúnia, desprezo ao outro, egoísmo. Cada dia deve ser escrito como mais uma vitória da Humanidade acima de todos e de tudo.

Se não se fizer o dever do Homem, mas se render à Besta, haverá mais atraso, além do já acumulado. Será este um país escravizado pela escória em mais um ano aos tropeços, entristecido e famélico, enquanto o mundo muda rapidamente. Um destino só festejado pela mediocridade.

Que se pense, nestas poucas horas, nos dois anos de retrocesso para se criar em 2021 um recomeço em que todos sejam brasileiros, independente de raça, credo, cor, gênero ou função. Talvez assim comecemos a nos recuperar do desastre eleito a que milhões de abraçaram.

E nesta noite de silêncio, sem fogos, em que reverenciemos os mortos e doentes da pandemia e todos os outros sempre esquecidos, que saudemos a vinda de outro ano com uma descarga estrondosa para jogar no esgoto o cinismo dos que
não merecem consideração por não respeitarem nem leis nem homens e mulheres de qualquer idade. Aos pulhes, enfim, o esgoto.
Luiz Gadelha
Voltamos depois do feriadão

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